O que uma presença me causa
Ah, A Pequena Flor, eu a vi novamente, vi aquele olhar cheio de mistérios, aqueles olhos que não refletem coisa alguma, aqueles gestos impossíveis de serem interpretados, vi que havia desabrochado completamente, que aquela magia que existia na sua pele foi coberta pelas marcas que suas próprias unhas a causam, a boca, continua a mesma, com o sorriso meio torto, mais absurdamente encantador. Eu vi que ela havia deixado que algo dentro daquele peito se perdesse, deve ter lutado um pouco contra si mesma, vi que seu corpo estava quase o mesmo, mas ela fazia questão de mostrar que eu havia o perdido. Aquele andar, inconfundível, porém agora um pouco mais acentuado, afinal de contas, é da natureza dela seduzir, nessa parte de segundo, no momento em que eu percebia que estava quase me apaixonado novamente, tropeço em uma pedra que o destino me mandou de presente, baixei a cabeça, fechei meus olhos fortemente por alguns segundos, lembrei de alguns momentos maravilhosos, e sorri, quando levantei o olhar ela já estava distante, vibrei, pois havia me salvado, nem que seja só por hoje, ah, a Pequena Flor, desabrochou pra vida, e agora caminha para murchar.