Lula II: a prisão preventiva

Olá meus 23 fiéis leitores e demais 36 de quando em vez. Ontem resolvi vir aqui somente hoje, pois estava numa atividade de lazer inadiável, sorry.

Depois da "condução coercitiva", agora é a "prisão preventiva": é o Lula saindo das "páginas políticas para as páginas de polícia", como se diz por aí. Ou seriam páginas de perseguição política? A grande mídia sempre foi antiPT no Brasil, mesmo quando isso não era moda ainda, como agora.

Porque digo isso? Fatos, ora. A condução já havia sido taxada de desnecessária e excesso de rigor por muitos juristas, mas o pedido de prisão preventiva superou-o: até o PSDB, o Miguel Reali Jr e a grande imprensa a criticaram. Desconfio que até a revista Veja deve ter ficado contra.

Vai ver o MP de SP está disputando com o Moro pra ver quem pesca o Lula primeiro! É Paraná X São Paulo. Só que o Moro tem mais refinamento e paciência que os seus colegas paulistas, pois esses conseguiram o feito constrangedor de confundir Engels com Hegel no pedido de prisão. Vale para eles o mesmo conselho que a Luciana Genro deu pro Danilo Gentili: "você tem de estudar mais".

Vejam só, promotores paulistas ganham uma grana preta, mas não leem nada de filosofia e política e mesmo assim acham que podem mandar prender ex-presidente. "Nunca serão" - deve ter lhes dito o Moro. "Vão tomar no c*" - deve ter dito o Lula, às gargalhadas, uma das poucas que ele deve ter dado por esses dias.

Todavia, o que os dois fatos revelam é que a Justiça (?) está indo com muita sede ao pote contra o ex-presidente, acabando por virar o pote e a água dentro dele. E este Bacamarte, confortavelmente sentado na sacada do seu triplex aqui em Charky City, pensando nos pedalinhos em seu sítio no sul da Groenlândia, conclui que aí no Brasil o pessoal do Judiciário pode tudo. Todos sabemos que o Judiciário é o império da subjetividade, cada juiz interpreta a lei como achar melhor e, dependo da esfera em que atua, sua palavra É a lei final. Assim, se os caras podem atropelar um cidadão que foi ex-presidente dessa maneira, o que eles não podem fazer com os cidadãos comuns, que não tem apoio político e social a seu favor? Não que os caras não devam ser investigados e até presos se for o caso, mas as garantias individuais são a base de um Estado Democrático de Direito e não podem estar relativizadas pela subjetividade e opiniões político-ideológicas dos membros do Judiciário.

Mas bah, por segurança, prefiro ficar por aqui. Nem a turismo quero ir aí para o Brasil em 2016.

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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.

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(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina

Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".)