PAVULAGEM, SÓ PAVULAGEM!
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Será que a maioria dos ministros do STF – Supremo Tribunal Federal estão errados e só o presidente da Câmara Federal está certo em continuar negando que não tenha usado sua influência para se envolver na contratação de uma empresa investigada pela Operação Lava Jato? Incrível, mas Eduardo Cunha continua negando tudo, inclusive que tenha recebido 5 milhões de dólares para usar sua influência em favor de uma empresa (mesmo com a comprovação das contas e depósitos feitos) para fornecer navios para a Petrobras! Inclusive se vangloria de já ter sido denunciado antes pela Justiça e ter sido absolvido depois! No maio do tiroteio de palavras de acusações, negações e defesas inflamadas, se usava uma palavra muito peculiar para tudo isso: “pavulagem”! De acordo com o dicionário informal, “pavulagem” á uma expressão muito utilizada principalmente no Estado do Pará para definir uma “pessoa orgulhosa, metida à besta, ”.
No dicionário formal, a expressão “pavulagem” pertence à classe gramatical de substantivo feminino. Excetuando pelo substantivo feminino, a palavra “pavulagem” se aplica muito bem ao que está fazendo o deputado federal Eduardo Cunha, o primeiro a exercer a presidência da Câmara, na condição de réu no STF. Ao dizer em alto e bom som, que já fora réu antes e que teria sido absolvido depois, é no mínimo não ter noção do que diz! Ou seria mais um tipo descarado de pavulagem de Eduardo Cunha? Ou seria falta de óleo de peroba para passar na cara de pau do presidente da Câmara? Se não for nada disso não sei mais o que seria o que vem seguidamente conseguindo fazer o deputado federal, que desde outubro do ano passado responde e evita julgamento de um pedido de perda de mandato de Presidente e de perda de mandato contra ele, por ter mentido aos seus pares, negando a existência de contas no exterior, além das que declarara possuir. Pior: compareceu às investigações da Operação Lava Jato, antes mesmo de ser convocado. Depois de indiciado como réu em processo na Lava Jato, chegou ao ponto de não receber a notificação da decisão do STJ porque “estava em reunião importante”. Depois, foi presidir a reunião da Câmara e deixado o prédio. Marcou para segunda-feira para ser notificado! Se isso não for pavulagem do presidente da Câmara, o que seria? Impressionante!
No meio do tiroteio de denúncias e desmentidos, o senador afastado do PT e ex-líder da presidente da República Dilma Rousseff, no Senado, Delcídio do Amaral, preso acusado de tramar a fuga de Nestor Culter Cerveró, engenheiro químico brasileiro e também detentor de cidadania espanhola, condenado pelo juiz federal Sérgio Moro, do Paraná, que também pediu a prisão do primeiro senador da república no exercício do mandato e o STF concedeu. Solto, denunciou em acordo de delação premiada informal, ainda não homologado pelo ministro Teori Albino Zavaski, indicado e nomeado pela presidente Dilma, no dia 20 de novembro de 2012, A simples menção dos nomes da presidente Dilma e do seu antecessor Lula, precisam ser investigados, mesmo que o acordo de delação premiada não venha a ser homologada pelo Ministro Teori Zavaski. Se as novas denúncias terão ou não algum efeito na convocação feita pelas redes sociais para o dia 13 de março pelo impeachment de Dilma, isso é difícil dizer com certeza. Mas uma coisa é certa, a corrupção, considerada um câncer que está corroendo as estruturas morais, éticas e sociais dos brasileiros, precisa de um remédio que a elimine de uma vez, embora a Anvisa venha protelando há muito tempo as pesquisas de remédios para, pelo menos, amenizar os efeitos danosos desse mal que se chama câncer!
Também soaram estranhas as palavras do ex-ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, em querer desacreditar as acusações feitas pelo ex-líder do PT no senado, informando que o senador preso tinha avisado antes que acusaria a presidente e o ex se não fosse logo retirado da prisão. Mais estranhas foram as palavras da presidente Dilma Rousseff em denunciar “vazamentos” seletivas de denúncias contra o PT. Será mesmo? Ou será apenas o castigo que chegando a cavalo, rápido demais? Onde tem fumaça, é porque no local já existiu fogo, como não tenho me cansado de escrever!
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