Aonde é o lugar
Quais os espaços que ocupam a alma e a mente? Seriam espaços etéreos, voláteis, que apesar disso são os que nós nos impomos? Seriam espaços tão improváveis quanto esses dois corpos abstratos que nos caracterizam, apesar das divergências e incredulidade de alguns quanto à sua existência?
Sem dúvida seriam espaços imprecisos e indefinidos, embora devessem estar relacionados, a priori, ao espaço físico do corpo humano. No entanto, poderíamos ser levados a qualquer lugar pela mente, tendo a alma essa prerrogativa após o término da nossa vida física. Como também durante a vida física, se a considerarmos atrelada necessariamente à mente.
Até que faria sentido: mente doentia, alma doentia!
Dada à característica abstrata desses dois corpos, alma e mente, talvez não seja muito arriscado imaginarmos uma correspondência muito próxima entre um e outro. A ponto mesmo de um não existir sem o outro.
Nesse sentido, os espaços ocupados pela alma e a mente seriam o próprio mundo. Que sem eles não teria sentido. Mesmo que pudéssemos considerar a existência de vida interplanetária ou em outros planetas.
E a consciência? Poderíamos dizer que ela seria a mente formatada? Ficando a alma a reboque? O indivíduo inconsciente teria a mente desajustada temporariamente. Diferentemente do louco, cuja mente teria outro tipo de formatação, isto é, sem uma equação formal.
De todo modo, todos com mente e alma. E ocupando todos os espaços possíveis e improváveis. E responsáveis pela continuidade das ações que movimentam o mundo.
Rio, 12/02/2016