E AGORA, QUEM PODERÁ NOS DEFENDER ?
Queridos leitores, bom dia, ou pelo menos o desejo de um bom dia para todos vocês. Não que eu tenha perdido a fé, a fé em Deus, não, ela continua inabalável. Mas , se me perguntarem a respeito dos homens, isso muda de figura.
Num País promissor como o nosso, onde toda a natureza coopera para o crescimento e prosperidade, tende o homem a contrariar, todo o sentido do crescimento, e destrói tudo o que está a ao alcance de suas mãos.
Tem já destruído a própria natureza, com tantos desmatamentos, queimadas, e concretamento do solo pátrio, agora vem o caso de Mariana, submersa em um mar de lama. Não só a lama física, mas também a da imoralidade, visto que a lei não pode ser aplicada, e nem os culpados punidos, devido ao engessamento da máquina administrativa.
Faltam funcionários, faltam equipamentos, falta tudo, até a vontade de ver feita a justiça.
O que falar, de quem cobrar, a quem culpar? Nada funciona, ninguém se importa, a não ser o próprio povo, cansado, sofrido, ferido, que se esforça em um último fôlego, a se unir, e se socorrer. Não há ninguém por eles, por nós, e vemos de modo constante, incessante, o País ruir, naufragar, afundar.
Há quem possa dizer: Mas e o Governo? Não existe liderança neste país? Sim Existe, ou melhor existia, melhor ainda , houve um dia. Hoje, o que resta é o império do desmando, do descaso, do desprezo ao próximo e aos irmãos pátrios. Aquele, que a algum tempo declarava em sua fala “ Afinal de contas, o povo merece respeito”, até este mesmo, hoje demonstra que nem ele respeitava ou respeita a alguém. O mar de lama que cobriu a Cidade Mineira de Mariana, nada mais é do que uma pequena poça, pois que já antes dele surgir, outro mar de lama já existia, encobrindo tudo que é bom, que é direito, que é justo, o “ Mar de corrupção”.
Não há quem seja imune, quem não se contamine, quem não se suje, assim também, vemos encoberta pela sujeira a nossa esperança, por um país mais justo e bom.
Rogo aos céus, que lá de cima, Deus possa ter misericórdia de nós, brasileiros, e nos envie novamente o Salvador, pois por aqui, não podemos e não temos como confiar em ninguém.
Quem sabe, se por misericórdia, não levante-se do túmulo, o galante herói, em seu uniforme vermelho, com seus movimentos previamente calculados, e assim venha em nosso socorro, nos retirando desse imenso chiqueiro que se tornou o Brasil.
José Paulo Nercelhas Júnior