SAGRADA FAMÍLIA A OBRA DE GAUDI
Arquiteto e figura de grande importância do Modernismo Catalão, nascido em 25 de junho de 1852, Antoni Placid Gaudí i Cornet apresentou à tradicional cidade espanhola, Barcelona e seus arredores, os traços arquitetônicos que trazem a expressividade de suas inspirações.
Religião, natureza e arquitetura regem as obras de Gaudí, três vertentes que são trazidas por ele como sua paixão e influência sobre os seus trabalhos. Atento ao mais ínfimo detalhes, o artista utilizava uma série de ofícios predominantes em suas construções arquitetônicas: cerâmica, vitral, ferro forjado e marcenaria compunham essa sintonia presente, principalmente, em Barcelona.
Eram raros os momentos em que ele desenhava seus projetos detalhados, preferindo pela criação de maquetes modeladas de acordo com o que pretendia fazer. Suas obras são reconhecidas internacionalmente, tornando-se objetos de estudo para diversas áreas, apreciados não só por arquitetos mas também pelo público em geral.
Falar de Gaudí é falar da sua maior obra-prima – a Sagrada Família – um dos monumentos mais visitados na Espanha e construída unicamente com contribuições financeiras privadas. Projeto que teve início no ano de 1882 e foi assumido por Antoni Gaudi no ano seguinte e ele dedicou 40 anos de sua vida para a construção do templo católico. Houve um período em que tal construção deixou de ser executada devido a Guerra Civil Espanhola, em 1936, dez anos após a morte de Gaudí. Hoje, estima-se que a obra inacabada do grande arquiteto catalão estará finalizada somente em 2026, ano em que ele completaria seu centenário. Mas a Sagrada Família não é sua única obra considerada importante para a história da Espanha. Outras sete foram classificadas como patrimônio mundial entre os anos de 1984 e 2005. Gaudí era ridicularizado por seus contemporâneos devido as suas obras quase que alucinatórias, porém encontrou no empresário Eusebi Güell o cliente e aliado ideal, e, posteriormente, seu mecenas. E para o conde, Antoni Gaudi construiu um dos parques mais famosos da Espanha, Parque Güell, além de outros monumentos como o Palácio Güell, as Adegas Güell, os Pavilhões e a Cripta da Colônia Güell. Mais tarde, com sua credibilidade já firmada entre os arquitetos da época, ele buscou um estilo próprio, notado principalmente nas estruturas de suas obras como a Casa de Batlló e a Casa Milá. Tais construções foram tão ousadas que o público de Barcelona deixou suas impressões consideráveis sobre elas, dizendo que estas são quase aberrantes. Entretanto, nada tira o prestígio do Templo Expiatório da Sagrada Família, a grande obra que gerou um movimento em prol da beatificação de Gaudí pela Igreja Católica, desde 1992, por uma associação secular.
Gaudí tornou-se um ícone. Considerado um dos maiores artistas de todos os tempos, sua obra, que parece proveniente de outro planeta, é estudada nas principais universidades de arquitetura e engenharia do mundo. Mas Gaudí detestava escrever e não nos legou sequer a planta completa do templo da Sagrada Família. Suas visões estético-filosófica e mística, além de seus princípios totalmente inovadores de construção, estariam perdidas se o arquiteto catalão Cesar Martinelli Brunet não se tornasse seu grande amigo e registrasse suas conversas com o genial arquiteto, de 1915 a 1926. O jovem César Martinelli Brunet, ainda estudante, encontra Gaudí totalmente recluso, dedicando-se exclusivamente à construção de sua obra-prima, a Sagrada Família. Considerado excêntrico, alienado e fora de moda (nem sequer era citado na Faculdade de Arquitetura de Barcelona), perseguido politicamente por afirmar a cultura catalã e abandonado pelos amigos, que fugiam dele para evitar os pedidos de donativos para a construção do templo, Gaudí torna-se confidente do jovem arquiteto, plasmando, nessas profundas e inspiradas conversas, todo seu universo mágico, místico e poético. Conversas com Gaudí, que a editora Perspectiva publica em sua coleção Debates, recupera o Gaudí oral, com todo seu humor, insights e espírito visionário, e revela os segredos de seus princípios construtivos, fundamentais para a compreensão de sua arquitetura, num percurso em que o leitor, a cada capítulo, sente-se como se estivesse na sala com o grande arquiteto catalão. Um livro fundamental para a compreensão de sua obra, que irá deliciar arquitetos, engenheiros, artistas plásticos, estudiosos da história da arte, místicos e admiradores de sua obra.
Gaudí era ridicularizado por seus contemporâneos devido as suas obras quase que alucinatórias, porém encontrou no empresário Eusebi Güell o cliente e aliado ideal, e, posteriormente, seu mecenas. E para o conde, Antoni construiu um dos parques mais famosos da Espanha, Parque Güell, além de outros monumentos como o Palácio Güell, as Adegas Güell, os Pavilhões e a Cripta da Colônia Güell. Mais tarde, com sua credibilidade já firmada entre os arquitetos da época, ele buscou um estilo próprio, notado principalmente nas estruturas de suas obras como a Casa de Batlló e a Casa Milá. Tais construções foram tão ousadas que o público de Barcelona deixou suas impressões consideráveis sobre elas, dizendo que estas são quase aberrantes. Entretanto, nada tira o prestígio do Templo Expiatório da Sagrada Família, a grande obra que gerou um movimento em prol da beatificação de Gaudí pela Igreja Católica, desde 1992, por uma associação
FOTO ARQUIVO PESSOAL MARÇO DE 2015
Arquiteto e figura de grande importância do Modernismo Catalão, nascido em 25 de junho de 1852, Antoni Placid Gaudí i Cornet apresentou à tradicional cidade espanhola, Barcelona e seus arredores, os traços arquitetônicos que trazem a expressividade de suas inspirações.
Religião, natureza e arquitetura regem as obras de Gaudí, três vertentes que são trazidas por ele como sua paixão e influência sobre os seus trabalhos. Atento ao mais ínfimo detalhes, o artista utilizava uma série de ofícios predominantes em suas construções arquitetônicas: cerâmica, vitral, ferro forjado e marcenaria compunham essa sintonia presente, principalmente, em Barcelona.
Eram raros os momentos em que ele desenhava seus projetos detalhados, preferindo pela criação de maquetes modeladas de acordo com o que pretendia fazer. Suas obras são reconhecidas internacionalmente, tornando-se objetos de estudo para diversas áreas, apreciados não só por arquitetos mas também pelo público em geral.
Falar de Gaudí é falar da sua maior obra-prima – a Sagrada Família – um dos monumentos mais visitados na Espanha e construída unicamente com contribuições financeiras privadas. Projeto que teve início no ano de 1882 e foi assumido por Antoni Gaudi no ano seguinte e ele dedicou 40 anos de sua vida para a construção do templo católico. Houve um período em que tal construção deixou de ser executada devido a Guerra Civil Espanhola, em 1936, dez anos após a morte de Gaudí. Hoje, estima-se que a obra inacabada do grande arquiteto catalão estará finalizada somente em 2026, ano em que ele completaria seu centenário. Mas a Sagrada Família não é sua única obra considerada importante para a história da Espanha. Outras sete foram classificadas como patrimônio mundial entre os anos de 1984 e 2005. Gaudí era ridicularizado por seus contemporâneos devido as suas obras quase que alucinatórias, porém encontrou no empresário Eusebi Güell o cliente e aliado ideal, e, posteriormente, seu mecenas. E para o conde, Antoni Gaudi construiu um dos parques mais famosos da Espanha, Parque Güell, além de outros monumentos como o Palácio Güell, as Adegas Güell, os Pavilhões e a Cripta da Colônia Güell. Mais tarde, com sua credibilidade já firmada entre os arquitetos da época, ele buscou um estilo próprio, notado principalmente nas estruturas de suas obras como a Casa de Batlló e a Casa Milá. Tais construções foram tão ousadas que o público de Barcelona deixou suas impressões consideráveis sobre elas, dizendo que estas são quase aberrantes. Entretanto, nada tira o prestígio do Templo Expiatório da Sagrada Família, a grande obra que gerou um movimento em prol da beatificação de Gaudí pela Igreja Católica, desde 1992, por uma associação secular.
Gaudí tornou-se um ícone. Considerado um dos maiores artistas de todos os tempos, sua obra, que parece proveniente de outro planeta, é estudada nas principais universidades de arquitetura e engenharia do mundo. Mas Gaudí detestava escrever e não nos legou sequer a planta completa do templo da Sagrada Família. Suas visões estético-filosófica e mística, além de seus princípios totalmente inovadores de construção, estariam perdidas se o arquiteto catalão Cesar Martinelli Brunet não se tornasse seu grande amigo e registrasse suas conversas com o genial arquiteto, de 1915 a 1926. O jovem César Martinelli Brunet, ainda estudante, encontra Gaudí totalmente recluso, dedicando-se exclusivamente à construção de sua obra-prima, a Sagrada Família. Considerado excêntrico, alienado e fora de moda (nem sequer era citado na Faculdade de Arquitetura de Barcelona), perseguido politicamente por afirmar a cultura catalã e abandonado pelos amigos, que fugiam dele para evitar os pedidos de donativos para a construção do templo, Gaudí torna-se confidente do jovem arquiteto, plasmando, nessas profundas e inspiradas conversas, todo seu universo mágico, místico e poético. Conversas com Gaudí, que a editora Perspectiva publica em sua coleção Debates, recupera o Gaudí oral, com todo seu humor, insights e espírito visionário, e revela os segredos de seus princípios construtivos, fundamentais para a compreensão de sua arquitetura, num percurso em que o leitor, a cada capítulo, sente-se como se estivesse na sala com o grande arquiteto catalão. Um livro fundamental para a compreensão de sua obra, que irá deliciar arquitetos, engenheiros, artistas plásticos, estudiosos da história da arte, místicos e admiradores de sua obra.
Gaudí era ridicularizado por seus contemporâneos devido as suas obras quase que alucinatórias, porém encontrou no empresário Eusebi Güell o cliente e aliado ideal, e, posteriormente, seu mecenas. E para o conde, Antoni construiu um dos parques mais famosos da Espanha, Parque Güell, além de outros monumentos como o Palácio Güell, as Adegas Güell, os Pavilhões e a Cripta da Colônia Güell. Mais tarde, com sua credibilidade já firmada entre os arquitetos da época, ele buscou um estilo próprio, notado principalmente nas estruturas de suas obras como a Casa de Batlló e a Casa Milá. Tais construções foram tão ousadas que o público de Barcelona deixou suas impressões consideráveis sobre elas, dizendo que estas são quase aberrantes. Entretanto, nada tira o prestígio do Templo Expiatório da Sagrada Família, a grande obra que gerou um movimento em prol da beatificação de Gaudí pela Igreja Católica, desde 1992, por uma associação
FOTO ARQUIVO PESSOAL MARÇO DE 2015