Estamos tristes
Fonte: google imagens
Fazemos parte de uma civilização cada dia mais triste e angustiada. Perdemos a mão e estamos despencando precipício abaixo, sem a exata certeza do que está por acontecer. Mas, tenho um palpite... estamos prestes a desumanização. A uma vida de cápsulas, tranquilizantes e a toda forma de anti-tristeza em tarja preta.
Tudo está tão difícil. Amar, fazer amigos, andar desavisado, brincar na rua, abrir a janela. Está arriscado ser diferente. Viver é perigoso, disse uma vez o poeta! Por isso, eu também estou triste. Mais do que isso, estou sem perspectiva, norte e direção. Vejo apenas um prognóstico lastimável e impronunciável.
Eu queria que tudo fosse diferente. Queria ter dito mais e feito mais ainda. Queria saber esperar e ter calma. Queria ser bom o suficiente para ter esperança de dias ensolarados, atravessados pelos sons dos risos e dos abraços. Dias em que perdoar, acolher e viver em paz é a única maneira de viver.
O que fizeram de nós? Tornamo-nos mortos-vivos estampando uma ‘felicidade’ plástica e patética em perfis que agregam a vaidade desnuda e a ânsia de aparentar mais do que de fato somos. No entanto, no íntimo de nossas vidas sucateadas choramos sozinhos, molhando o travesseiro quando não há quem possa flagrar o quanto somos incapazes.
Somos os melhores aplicativos para Android, iPhone e iPad. Somos o sexo casual, indiferente e ao alcance da mão. Somos os dedos deslizando pela tela do celular, mexendo em vários ícones instalados a fim de escolher a “caça” mais bacana para teclar e, na mesma hora e dia, somos aqueles que vão para a cama promíscua. Isso é uma febre entre milhões de nós. E entre milhões de nós cresce um mal incurável, afinal agimos para depois pensar. Pensar para depois concluir que se muita gente já entrou na onda, qual o problema?
Nós somos a própria definição das variadas formas de terrorismo que existiram ao longo da história. Somos o medo, o pânico incutido como efeito psicológico que ultrapassa sobremaneira o grupo dos vitimizados, incluindo, antes, o resto de todo lugar que assiste atônito o poder do violento ódio e espera a sua vez, como num jogo de azar onde, também, espera-se estourar do cano da arma a bala disparada pelo gatilho.
Somos os que crescem vertiginosamente atingindo os invejáveis dados macroeconômicos do mundo, enquanto somos os mais pobres, os fugitivos da miséria e agonia, os que cruzam fronteiras e se deparam com a indiferença e soberba. Somos as estatísticas que matam, discriminam e excluem. A piada "indefesa" que, ainda assim, bate forte como um ‘soco no estômago’, como uma neurose suicida e generalizada.
Somos um anjo alado, cavalgando sempre um demônio cortando épocas, cruzando a história de fogueiras inquisitórias, de líderes sanguinários, guerras frias e bombas atômicas. Mas, ainda assim, um anjo. Então, acho que, embora eu esteja triste, existe em algum tempo futuro um lampejo de esperança, só não sei onde ela se esconde.
Em definitivo, acho que Deus se diverte com as suas criaturas.
Tudo está tão difícil. Amar, fazer amigos, andar desavisado, brincar na rua, abrir a janela. Está arriscado ser diferente. Viver é perigoso, disse uma vez o poeta! Por isso, eu também estou triste. Mais do que isso, estou sem perspectiva, norte e direção. Vejo apenas um prognóstico lastimável e impronunciável.
Eu queria que tudo fosse diferente. Queria ter dito mais e feito mais ainda. Queria saber esperar e ter calma. Queria ser bom o suficiente para ter esperança de dias ensolarados, atravessados pelos sons dos risos e dos abraços. Dias em que perdoar, acolher e viver em paz é a única maneira de viver.
O que fizeram de nós? Tornamo-nos mortos-vivos estampando uma ‘felicidade’ plástica e patética em perfis que agregam a vaidade desnuda e a ânsia de aparentar mais do que de fato somos. No entanto, no íntimo de nossas vidas sucateadas choramos sozinhos, molhando o travesseiro quando não há quem possa flagrar o quanto somos incapazes.
Somos os melhores aplicativos para Android, iPhone e iPad. Somos o sexo casual, indiferente e ao alcance da mão. Somos os dedos deslizando pela tela do celular, mexendo em vários ícones instalados a fim de escolher a “caça” mais bacana para teclar e, na mesma hora e dia, somos aqueles que vão para a cama promíscua. Isso é uma febre entre milhões de nós. E entre milhões de nós cresce um mal incurável, afinal agimos para depois pensar. Pensar para depois concluir que se muita gente já entrou na onda, qual o problema?
Nós somos a própria definição das variadas formas de terrorismo que existiram ao longo da história. Somos o medo, o pânico incutido como efeito psicológico que ultrapassa sobremaneira o grupo dos vitimizados, incluindo, antes, o resto de todo lugar que assiste atônito o poder do violento ódio e espera a sua vez, como num jogo de azar onde, também, espera-se estourar do cano da arma a bala disparada pelo gatilho.
Somos os que crescem vertiginosamente atingindo os invejáveis dados macroeconômicos do mundo, enquanto somos os mais pobres, os fugitivos da miséria e agonia, os que cruzam fronteiras e se deparam com a indiferença e soberba. Somos as estatísticas que matam, discriminam e excluem. A piada "indefesa" que, ainda assim, bate forte como um ‘soco no estômago’, como uma neurose suicida e generalizada.
Somos um anjo alado, cavalgando sempre um demônio cortando épocas, cruzando a história de fogueiras inquisitórias, de líderes sanguinários, guerras frias e bombas atômicas. Mas, ainda assim, um anjo. Então, acho que, embora eu esteja triste, existe em algum tempo futuro um lampejo de esperança, só não sei onde ela se esconde.
Em definitivo, acho que Deus se diverte com as suas criaturas.
Fonte: google imagens