VITRINES DECORADAS, LINDAS DE SE VER!
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Como um atrativo a mais ao comércio no período natalino para impulsionar as vendas que eram fracas naquela época, além das decorações realizadas pela Prefeitura, era gostoso caminhar pela Avenida Eduardo Ribeiro, no Centro, na década de 80, parar e ver o capricho dos logistas em preparar suas vitrines para o concurso que em dezembro no SENAC da rua Saldanha Marinho.
Na época, o SENAC era comandado pelo empresário José Ribeiro Soares, o diretor da Unidade da Saldanha Marinho era Déo Pimenta. Contava com o auxílio da técnica em educação, Maria Tereza Santos de Oliveira, que coordenava tudo e, talvez, também da pedagoga Ana da Silva Quadros. No dia do evento para a escolha da melhor vitrine, a mais bem decorada, sempre era convidado como jurado ao evento.
Como estava no auge da atividade como jornalista e recebia convites para diversos eventos que se realizavam na época. Era uma festa! A mesa montada, jurados a postos sendo chamados e fotografados sobre aplausos dos presentes que lotavam o local para torcer pelas suas vitrines. A disputa era acirrada entre os logistas. Todos os inscritos queriam ganhar o prêmio da vitrine mais bem decorada, porque serviria também como publicidade à loja que vencesse. “Fiz a melhor decoração natalina na minha vitrine”, anunciavam na época. Isso era motivo de orgulho aos lojistas!
Não havia muita burocracia: bastaria o logista produzir a vitrine, inscrevê-la e informar que gostaria de concorrer, junto com outros lojistas que participavam. Os jurados previamente selecionados, tinham o compromisso de observá-las, ver detalhes, criatividades dos decoradores, entrevistar um ou outro para saber como haviam concluído e projeto de decoração, que era livre e, no dia, comparecer ao SENAC, compor a mesa de trabalhos e escolher a melhor delas, obedecendo vários critérios pré definidos.
No dia do evento, eram apresentados os trabalhos de hotelaria dos alunos, que caprichavam nas apresentações dos pratos que seriam capaz de fazer, razão de eu ter escrito que talvez a pedagoga Ana da Silva Quadras, gerente de hotelaria do SENAC, participasse do processo. Mais tarde, Ana da Silva Quadros foi contratada para ser Coordenadora de Desenvolvimento Profissional no SENAT e hoje é diretora da Unidade da instituição em Macapá! A Hotelaria não era selecionada, mas deveria ser!
Na vida o homem é resultado do que deixa do SENAC foi substituído na presidência pelo empresário Hélio Nobre Malagueta, a direção da unidade mudou, os técnicos mudaram e, com o tempo, essa tradição foi desaparecendo até que deixou de ser promovida. Mas que a cidade ficava mais bonita, com caprichos incríveis de decoração de vitrines e os comerciantes conseguiam vender mais, isso não tenho dúvidas.
Uma pena que tudo acabou e nada mais é feito para melhorar e incentivar o comércio que está em crise a vender mais. Mas as lembranças ficaram e entrarão para a história!