NÃO É "O FIM DO CAMINHO"
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inspirado na música Águas de Março, de Tom Jobim.
“É pau, é pedra, é o fim do caminho”. Isso é o que diz a letra da música escrita por Tom Jobim e gravada por vários cantores brasileiros. Seria mesmo que é o fim do caminho a crise política, econômica, ética e moral do país, como diz o verso da música “Águas de Março”? Não acredito que haja “nem pau, nem pedra” e não seja o “fim do caminho”. Mas tudo ficará para março de 2016. O recesso parlamentar terminará em fevereiro. Em seguida virá o carnaval. Brasília e o Brasil param de novo e a vida política e, financeira, ética e moral do país só recomeçará em março, com ou sem o impeachment, ou da presidente Dilma Rousseff, do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha ou presidente do Senado, Renan Calheiros, contra quem ainda não tramita nenhum processo por perda de mandato, mas uma investigação no STJ, ou de ninguém. Mas só saberemos a partir de março de 2016, a menos que tudo termine em pizza: nenhum cassado ou perdendo mandato, o que seria uma vergonha para o Brasil, porque contra Cunha tramitam 4 processos no STJ e mais um pedido de perda imediata de mandato, do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Mas tudo ficará para março do ano que vem, porque o STJ também entrou em recesso.
Depois que o “resto de toco e um sonho sozinho”, e antes que um “caco de vidro” corte o “sol” de desenvolvimento ético,político, econômico e moral do Brasil novamente, os eleitores terão o tempo de uma “noite”, de uma “morte” e, ao acordarem do porre ou retornarem do funeral do país, deverão fazer uso de um “laço e o anzol” para fisgar e riscar pelo voto do mapa do país, os políticos corruptos e desonestos que prometem e não cumprem o roubam dinheiro público. O eleitor deve fazer igual a grande perseguição religiosa ocorrida no século XV e que teve seu apogeu nos séculos XVI a XVIII na França, Inglaterra, Império Românico e Suíça e, em menor escala na Escandinávia, Península Ibérica, Itália e Império Habsburgo, conhecida na história como o período de “caça às bruxas”. Devem fazer isso, antes da “perda do campo” para a corrução e de um novo no novo “no na madeira” da economia paralisada. Se a período de “caça às bruxas”, demorou do século XV ao XVIII, tenho esperanças que a consciência de coletividade dos eleitores não demore tanto tempo assim e deverá ficar conhecida na história como o período de “caça aos políticos corruptos do Brasil”. Porém, a formação de uma consciência crítica nas Escolas se faz urgente e necessária para que esse processo de mudança político da sociedade não demore 3 séculos. O Brasil é para ontem e estarei morto e com meu corpo em decomposição e não sei se ficarão pelos meus ossos para contar um pouco de minha revolta pela falta de consciência do todo e não só de poucos!
Ao contrário do manual “Martelo das Feiticeiras”, elaborado com interpretações da Bíblia, no Alcorão e na Torah, os eleitores brasileiros deverão utilizar o somente o “Manual da Ficha Limpa” para impedir que políticos corruptos se elejam e reelejam, mesmo tendo ficha mais suja do que pau de galinheiro. Esses políticos continuem praticando corrupção e enriquecendo à custa da miséria humana, da falta de escolas, hospitais, remédios, obras iniciadas e não concluídas ou desvios da merenda escolar das crianças. No século XX, a expressão “caça às bruxas”, ganhou conotação ampla e passou a se fererir a qualquer movimento político ou popular da perseguição político-arbitrária com o objetivo de poder, “muitas vezes calçadas no medo e no preconceito” (Wikipédia) a que submetem a maioria no que hoje poderíamos chamar de terrorismo, como ocorreu, por exemplo, durante a guerra fria entre Estados Unidos e Rússia, que que perseguiam toda e qualquer pessoa que julgassem ser comunista, fosse por causa fundamentada e comprova ou não, por medo do terrorismo. O Brasil, felizmente, ainda é uma democracia e, ao contrário do que muitos afirmam ser pelas redes sociais, principalmente, não é um comunismo, muito menos uma república bolivariana. É, sim, ainda um país coletivo, uma sociedade coletiva, mas age como se fosse uma empresa privada, submetendo os eleitores ao grande desilusão porque o país só começará a funcionar para tudo, a partir de março, infelizmente.
Até março, nada acontecerá contra ninguém e tenho dúvidas que a presidente Dilma Rousseff venha a ser cassada, como algumas redes sociais desejam e defendem abertamente. Se o país fosse uma ditadura ou uma república bolivariana, tenho sérias dúvidas se todos falariam abertamente nas redes sociais o que pensam sobre a presidente da República! Tudo deve terminar em uma grande pizza, para desespero de uma minoria que quer vê-la fora da presidência e uma grande maioria que depositou suas esperanças no voto que a reelegeu para um segundo mandato. Mas que ela acabou com a credibilidade do PT, isso é uma realidade e se constatará nas urnas, nas próximas eleições. Talvez um ou outro deputado ou governador que trabalhou sério, seja reconduzido a um novo mandato. Mas presidente da República, o PT não fará tão cedo, até que as águas de março, limpem o pau, a pedra e acenda uma nova luz no “fim do caminho” para que o eleitor brasileiro não se sinta um “pouco sozinho” como escreveu Tom Jobim, na letra da música que usei para escrever essa crônica