Músculo ou Cérebro?

Músculo ou Cérebro?

A história humana não seria tão interessante se não envolvesse tantos subenredos. Hoje vamos nos dedicar a um em particular. Desde a pré-história que o relacionamento homem/mulher é objeto de estudos e curiosidades. Diversas teses e ensaios foram elaborados, na busca de um receituário padrão, um guia definitivo sobre a questão. Pura perda de tempo. Num assunto tão dinâmico, tentar estabelecer normas nos afigura como enxugar gelo. O homem primitivo se destacava pela força e pela coragem. Os machos alfas estilo brucutu eram os reis do pedaço, tendo a preferência das mulheres. Carregavam, como amuleto, um dente de esmilodonte (tigre-dente-de-sabre) adquirido no muque, a título de cartão de visita. Eram os perfeitos candidatos a pais, oferecendo, de quebra, proteção, disciplina e alimentação abundante. Nunca faltava um javali assado para o café-da-manhã, almoço ou jantar. Mas o He-Man pré-histórico nunca estava presente nas refeições. Ele tinha outras cavernas para visitar. Percebendo a brecha no esquema, os magrelos abandonados contra-atacaram. Se você não tem músculo, como se destacar? Ora, bastava subverter o jogo dos fortões, tornando-se um cara engraçado, um ouvinte atencioso, um companheiro dedicado. Se o fortão podia colecionar mulheres, não tinha como oferecer exclusividade. O magrelo ofereceu não apenas exclusividade, mas também boa companhia, diversão, auxílio nas tarefas da caverna e, numa sacada genial, dormir de conchinha. Talvez não estivesse nos seus planos, mas a DR (discutir a relação), apareceu nessa época. Converter tanta disponibilidade num casamento foi o toque feminino final.

Sim. O casamento foi uma contribuição do magrelo. O seu pacote de atenção desbancou o fortão e se tornou modelo na conquista de mulheres. Mas a evolução não parou. Esgotado este padrão, agora estamos noutra encruzilhada. As mulheres se cansaram dessa dicotomia, fortão ou magrelo, elas querem os dois, uma versão combo. E a rapaziada fica correndo que nem barata tonta. Não sabe de malha o físico ou o cérebro. Aliás, a natureza tem culpa nessa história. Ela não concede os dois. Nessa loteria de músculo e cérebro, você geralmente só recebe um. Ou nada, o que seria terrível. Então, salvo se você está nesta triste condição dos sem-nada, é fácil conhecer suas alternativas. Se você tem músculos, aprimore o seu cérebro. Se for o contrário, cuide dos músculos. Mas existe uma receita matadora para conquistar uma mulher. Quer saber? Seja um misto de cozinheiro, bombeiro, cientista, professor, lutador de MMA, ator, comediante, agente secreto, alpinista, jogador de vôlei, matemático, médico, aventureiro, andarilho, juiz, ecologista, veterinário, motorista, etc. Se você achar a lista muito grande, especialize-se em apenas uma destas opções. Haverá uma diminuição na quantidade de suas pretendentes, mas, com certeza, você encontrará uma a quem se dedicar. Seja, ao mesmo tempo, um companheiro forte ou sensível, conforme o momento. Se você souber cozinhar e gostar de crianças suas chances aumentam. Ah.. e não se esqueça! Tenha uma fonte de renda estável para, pelo menos, dividir as despesas da vida a dois. Mulher nenhuma vai aceitá-lo apenas pelo seu jeito descolado de ser. A vida é feita de momentos, mas pensar no longo prazo é a especialidade delas. Elas até aceitam promessas, mas não perdoam quem não as cumpre. Carlos (30/07/2015). Até a próxima.

Pequiboy
Enviado por Pequiboy em 13/12/2015
Código do texto: T5478845
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