A Arte da Política
A política, segundo a sua origem na antiga Grécia, seria “a arte de gerir os negócios públicos.” Hoje, com o advento dos cursos de Administração e Recursos Humanos, ainda utilizamos o mesmo significado para a gestão pública. Assim sendo, adotando os parâmetros da competência, probidade, ética e honradez de caráter, o administrador público, o político, poderia estar a serviço de seu município, estado ou nação, sempre visando ao bem comum.
Entretanto, é público e notório que há um claro desvirtuamento desses atributos, fazendo do político um “elemento do mal.” É tanto que, quando encontramos um homem de bem e, num tom de brincadeira, o tratamos de futuro vereador ou futuro prefeito, ouvimos como resposta: “Deus me livre.”
E acrescenta que “política não é para homem sério.” Foi isso que sempre ouvi em todas as cidades por onde passei, durante a minha trajetória profissional, de constantes remoções. Numa delas, num período eleitoral, costumava sempre ouvir: “o melhor candidato e fulano de tal, mas não ganha.” E eu assim retrucava: “se é o melhor, por que não vota nele?”
E, para a minha decepção, a resposta era que o candidato não tinha recursos para bancar a campanha. Eis aí a confirmação de que o financiamento de campanha, quase sempre com recursos ilícitos, é o que leva o candidato a vitória. Chegando lá, está mais do que comprovado de como será a sua gestão. Para o público ou para si e seu financiador?
Adeus ética, adeus probidade, adeus honradez de caráter. Que tudo vá para as cucuias. Para esses, a política é a arte do enriquecimento ilícito.