SER HUMANO OU HUMANO CIVILIZADO?

O que busca um ser humano? Qual diferença entre um ser humano e humano civilizado? Os motivos pelas nossas lutas e amores são as nossas verdades? Se há verdade naquilo que pensamos, por que mudamos de ideia e consequentemente mudamos nossas verdades sobre nosso mundo e relacionamentos? Lemos instruções de um manual que nos foi colocado frente aos nossos olhos e acreditamos naquilo como se fosse a receita certa para nosso desenvolvimento como ser humano e nossa real felicidade de viver nesse mundo. O mundo dos humanos civilizados tem parques temáticos com espaços modificados de acordo com as culturas universais, sons parecidos ao das cachoeiras dos grandes rios, músicas que nos remetem a reviver nosso passado reativando nossa memória e nosso imaginário nostálgico do reviver o belo. Por um instante nos leva ao mundo que não queríamos que tivesse terminado, as nossas esperanças de sermos jovens e de estar próximo de pessoas que hoje já não estão mais aqui. A efervescência dos hormônios sempre numa ascendente em busca de superar tudo sem medo do que estar por vir. Nossa história muitas vezes é repensada em nossa mente quando nos deparamos com um amigo dos velhos tempos das quebras dos padrões da época pelas atitudes impensadas para alguns, mas que para nós se tratava de uma convicção. O mundo muda para quem? O traje dos homens realmente é sinônimo de mudança? Um terno se sobrepõe há um macacão? Ou um espartilho se submete ao vestido rodado? Quantas misturas nesse texto. Nossa vida está assim. As pesquisas científicas humanizam qual lado dos seres humanos? Certamente, o lado do egoísmo. O trabalho arroz com feijão do cientista tem que se transformar em lasanha. Para atender a quem? Estudam-se trinta, quarenta, cinquenta anos ou até mais, para receber um prêmio Nobel da Paz ou um espaço numa revista de artigos do PNUD (Programa das Nações Unidas e Desenvolvimento). O fato de ser canhoto, por exemplo, já renderam centenas de pesquisas, mas quando um canhoto fica sozinho sem ter com quem conversar ele se comporta como qualquer outra pessoa, ou seja, triste. O mundo poético da discussão dos problemas que se dizem real está cada vez mais falsificado, ou como diria um amigo é produto do Paraguai. Compreender uma poesia para depois saber se cabe no seu modo de pensar é só um imaginário revestido de realidade. Vivo poesia do mundo do hoje e sem comparar com outras poesias, estou desse modo me aproximando cada vez mais da minha essência e não vejo nada de belo. Minha essência de ser no mundo não faz conexões com grandes filósofos com destaques para pontos que admiro ou repudio desses pensadores. Leio-os por ler se influenciam a de ser estudada tal influência. Salvar hoje uma pessoa da desonra é bem mais fácil do que séculos atrás. Basta dizer para a pessoa “dar a volta por cima”. Isso é angustiante porque ser um desonrado não implica um ser não vitorioso, ao contrário torna explícito grande parte da nossa essência que verdadeiramente é o que buscamos saber sobre nós mesmos. O sujeito analfabeto sabe isso como ninguém. Trabalha quieto no seu mundo que para muitos é escuro por não saber ler e escrever, mas em compensação a falta da alfabetização não o limita de pensar conforme seu próprio eu de estar no mundo. Não lê o mundo dos inteligentes, porém não caí nas armadilhas do falso egoísmo da poesia pronta.

Baltasar Garcia
Enviado por Baltasar Garcia em 04/12/2015
Código do texto: T5470028
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