A barragem vai se romper
Duas vertentes políticas em infindável conflito, Direita e Esquerda. O quê, defendem?
A Direita, no prisma econômico é pela livre iniciativa o empreendedorismo, de um Estado “enxuto”; no aspecto dos valores é conservadora; direito à vida, preservação da família, contra as drogas; mesmo que rasos, a maioria, partidários da existência de Deus.
A Esquerda que seria “dos pobres”, defende um Estado paternalista, assistencialista, interventor. Sua moral é “progressista”, advogando aborto, descriminação das drogas, casamento gay...
Abstraídos méritos, a Direita seria de certa mesmice conservadora; a esquerda, de um progressismo inovador. Avancemos além dos rótulos, pois.
Pelo que foi posto, parece que, “mudança” é o cabo-de-guerra entre ambas. Mas, ela é algo bom ou, ruim? Em si mesma diria que é neutra; depende de onde se sai, e, sobretudo, pra onde se ruma.
Acredito que os dois lados encerram certa contradição. Digo, os conservadores no aspecto moral são progressistas, inovadores, no econômico-político. Os “progressistas” nos valores são jurássicos na organização político-econômica, copiando modelos que faliram nações no leste europeu. Desse modo, mera definição conceitual resultaria num empate, uma vez mais, abstraídos os méritos, cotejando apenas rótulos.
Tentemos mais luz por outro caminho. Quais as razões das mudanças? Não precisamos cérebros geniais para concluirmos que derivam de nossas imperfeições. Deus, que É Perfeito afirma que não muda. Tiago assegura não haver Nele nem sombra de variação. Se, cambia em algo, o faz por amor, flexibilizando em atenção às nossas fraquezas, nunca, buscando uma perfeição ausente, como nós.
Afinal, ninguém muda pensando em piorar, antes, tendo como alvo o que, pensa ser melhor. Assim, a mudança é uma “autocrítica” de alguém que reconhece-se, alienado do melhor.
Contudo, valores como a preservação da vida, da lucidez, da família, combinam perfeitamente com os preceitos de Deus, que não muda; desse modo, não mudar também me parece sensato. Ademais, qualquer mudança aí equivale a desconsiderar a existência de Deus, ou, atribuir falhas a Ele. Gostando ou não, é conclusão necessária.
Na economia, beneficiar à livre iniciativa dá azo à geração de empregos, o que permite ao Estado ser menos paternal; e, emprego dignifica muito mais que uma bolsa qualquer, além de cooperar com o crescimento econômico invés de estagná-lo mediante mera dependência.
Contudo, o Estado Leviatã, o monstro controlador que se verifica entre os “socialistas” empobrece por duas razões: Primeira: desencorajando à livre iniciativa fecha as portas à contribuição que os talentos naturais das pessoas poderia dar. Segunda: Patrocina zangões sociais que nada produzem e são mantidos às expensas do Erário quando isso interessa ao partido dominante. Se alguém pensou no MST, rebuscou-se de ótimo exemplo.
Assim, a Esquerda muda no que não deveria ser mudado; os valores espirituais, morais, que permeiam uma sociedade razoavelmente saudável; e é conservadora de uma estrutura político-social arcaica que já deu assaz provas de ineficiência, por onde passou.
A direita, longe de ser um retiro de santos, pelo menos tem uma visão mais pragmática, menos viciosa de mundo, na minha modesta apreciação.
Mas, e a defesa dos pobres, não é preceito de Deus? Ora, se os “socialistas” fossem os “Robin hoods” que pretendem, seus próceres não se apressariam a enriquecer mediante corrupção, mesmo se dizendo inimigos das elites.
Tais, parecem com líderes Islâmicos que criam os “homens-bomba”, mas, nenhum deles explode para mostrar aos seguidores como se faz. Não passam de manipuladores de incautos, compradores de votos com dinheiro público, populistas sem caráter nenhum.
Quer dizer que sou PSDB? Nem de longe pretendo ser imparcial em minha análise, sempre tomo posição; pretendo apenas, ser intelectualmente honesto.
Contudo, em nome dessa honestidade, não vejo os tucanos como de Direita. São esquerdistas também. O que os difere do PT é que são de um viés democrata, que respeita as instituições, diverso do PT que é totalitário; instrumentaliza e se apropria do Estado pelo partido. Não vejo no País um partido de Direita como gostaria; quando muito, frações.
Mas, é triste ver a América Latina estocando rejeitos da Europa e Ásia, coisas que tanto dano causaram lá, e pessoas esclarecidas defendendo tal lixo.
Felizmente, na Argentina acaba de “estourar a represa”; triste alegoria com a tragédia de Minas Gerais. Que todos os diques da mentira, do engano, da violência disfarçada em democracia, rompam-se, para que, após o inevitável “dano ecológico” a América latina volte a respirar o ar puro do Estado de direito.
Alguém quer ser gay, abortar, usar drogas, que o faça em particular, mas, não com incentivo e custos de imensa maioria que não adota, nem defende tais práticas.
Crescimento econômico deriva do trabalho, é fruto dos cidadãos não do Estado. Que o bicho pare de assalariar vagabundos, e saia da frente, para não atrapalhar a quem faz.