Ler é o melhor bilhete para conhecer o mundo
No dia Nacional do livro... Eu revivi algo em pensamento. Uma história cujo o personagem não vive mais entre nós... Como tanto outros personagens fictícios ou não. Este bem real tinha um nome comum e forte. João. E pela vida, segundo ele mesmo contou, só tinha frequentado a escola por alguns poucos anos e desse tempo guardava um livro e mostrava aos filhos com orgulho, como ele cuidava bem daquele livro... Hoje recordando e apesar de o ter visto e o manuseado por vários anos, várias vezes seguidas, confesso não sei o que continha aquele livro com umas 20 páginas, se bem me lembro, capa dura e cor verde claro. Não sei o que continha aquelas páginas, mas de alguma maneira me encantava e continua encantando até hoje. Ele deve ter aprendido muitas coisas naquele livro, pois cantava-nos histórias lindas de princesas, reinos encantados em países distantes, graças a este homem eu andei já em meus poucos anos de vida por lugares inusitados.... Lugares muito pouco visitados por outras crianças em minha idade. Conheci Cheguevara, andei com Olga, passei pela Alemanha de Ritler, andei na Palestina e em Israel, fui ao Japão, entrei no mundo fictício (?) da CIA nos EUA através da agente número 1, Brigitte Monfort e até bebi com ela a famosa champanghe Dom Perignon 55 em uma taça de cristal com uma cereja vermelhinha, nesta viagem aprendi que viver era preciso, e que uma mulher morena podia ter os olhos mais azuis e lindos do mundo. Na mesma viagem conheci Giselle, a espiã loira e nua que abalou Paris e que matava com uma tranquilidade tão grande como a Briggit e que fazia parte da polícia secreta francesa, assim como a Irina que era da KGB, polícia secreta russa e muito outras... Conheci o coyote, uma versão do Zorro, mas que tinha algumas coisas mais gostosa, tinha uma família e uma história complicada. É. Este homem que tinha sentado pouco tempo em bancos escolares me levou longe, em longas viagens. Fui mais além e ai conheci os terrores das guerras, as grandes guerrilhas, os grandes inventos e os grandes personagens. Fui ao Ceará e conheci a Irecema e me encantei com os seus lábios de mel, e ai resovi conhecer A Senhora, O Guarani, A viuvinha, Ubiraja...Foram tantas e tão proveitosas viagens graças aos bolsilivros que o Seu João deixava em cima da mesa quando chegava em casa e o tirava do bolso e eu ficava a espreita e era ele esquecer que lá ia eu... Andei nos canyons, cavalguei com os indios americanos, lutei na guerra do sul e do norte, conheci os melhores, os mais bonitos e os mais velozes pistoleiros e as mais belas e lutadouraa heroínas dos faroestes americanos andei por tantos e tão belos lugares, alguns nem lembro mais, mas foram viagens inesqueciveis e... Eu fui caminhando e aprendendo a andar com as minhas pernas, digo, com a minha mente e fui conhecendo pessoas (?) e lugares inesqueciveis, tais como o Alienista, Quincas Borbas e muitos outros, visitei O grande Sertão Vereda e ai fui visitando e gostando cada vez mais desse mundo... Alguns confesso não entendi muito bem ou entendi bem de mais e gostei e voltei... Andei no mundo do horror e do suspense com Stephen King, fui a Nazaré com J. J. Benitez, e, lá conheci a história linda do homem que revoluciona o mendo até hoje e o seu sofrimento para nos salvar. Também desvendei os crimes com a Agatha Christie e Mister Holmes, andei no mar com o Victor Hugo em Trabalhadores do mar, caminhei no Mundo de Sofia e conheci Tom Jones (aliás sou apaixonada pelo Tom) do Henry Fielding, me encantei com Moll Flanders do Daniel Defoe, nunca entendi o (a) Dorian Gray do Oscar Wilde (complicava de mais algo tão simples). Fui e voltei à Cabana com C. Baxter, conheci uma nova Cinderela com Colette Dowling, vi a Revolta dos Anjos, me emocinei com a Menina que roubava livros, Soltei pipas fui ao céu com Mitch Albom, cavalguei ao lado de Lacouture em Montaigne a Cavalo, vi a nova traição de Judas na visão de James Rollins, descobri Os segredos de Anjos e Demonios de Dam Brown, fui ao mundo do Matuto da Zibia Gaspareto e sai andando por tantos e tão lindos lugares e conhecendo tantos e tão inesquiceveis seres que ficaria impossível descrever e ou lembrar todos... No entanto me recordo nitidamente do Senhor João dizendo - Ler é o melhor bilhete para conhecer o mundo... Ele sabia das coisas!