BEBER, DIRIGIR E MATAR? (PAGOU FIANÇA, ESTÁ SOLTO!)
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Quantos pais de família ainda terão que deixar suas famílias esperando-os regressar de seus trabalhos, sem saber se retornarão simplesmente porque um motorista bêbado decidiu sair de um bar qualquer, em uma noite qualquer e atropelá-los e fugir em seguida, atropelar uma árvore, perder a direção de seu carro e bater de novo? Mesmo presos em flagrante, com testes de bafômetros realizados, é terrível vê-los saindo pela porta da frente das delegacias, porque passa à sociedade um sentimento total de impunidade! Se quisessem, em muitos casos, ainda daria tempo de assistir ao sepultamento de seus cadáveres sendo sepultados? Quando é que as autoridades de trânsito interpretarão corretamente a Legislação, que diz que quem bebe e dirige sob efeito de álcool assumiu o risco de matar e deve ser julgado pelo Tribunal do Júri?
No meio disso, o seguro DPVAT identificou que nos últimos sete anos morreram ou ficaram invalidas, mais de 8 mil crianças de zero a 10 anos, embora o Código de Trânsito Brasileiro, proíba que menores sejam transportados em motocicletas! A necessidade, pobreza, miséria e falta de dinheiro para utilizar outro meio de transporte, não justifica os riscos dessa louca e homicida porque aprendi que ao lado de uma moto, sempre está um caixão. Esse tipo de transporte, porém, é muito comum nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, principalmente em municípios onde não existe municipalização e nenhuma fiscalização de trânsito! Nesses locais, o capacete, quando existe, é “cutuvelar”, anda no braço do motociclista e não em sua cabeça! E crianças morrem em acidentes de trânsito todos os dias, mais do que em guerras declaradas e as autoridades de trânsito ficam omissas diante dessa carnificina motorizada!
Difícil assistir pela TV, a cena de uma criança chorando, pedindo a presença do pai e o pai sendo transportado dentro de um caixão para o cemitério! A atropeladora Juliana Cristina da Silva, de 29 anos, responderá o processo em liberdade por decisão do juiz Paulo Abreu Lorenzino, do Departamento de Inquéritos Policiais, do Fórum de Barra Funda, pagando uma ridícula fiança de 20 salários-mínimos! O que são 20 salários-mínimos, mais de 15 mil reais, diante de duas vidas ceifadas? No máximo 7,5 salários salários-mínimos por cada uma das vidas afastadas de seus familiares em definitivo, pela irresponsabilidade e embriagues ao volante de uma motorista que riu da justiça ao ser presa. Consciente do ato que praticou, fugiu do local do acidente!
Ridículo, mas é uma decisão judicial e não pode ser questionada. Se fosse o filho, irmão do magistrado, ele estipularia um valor tão irrisório de multa para libertar a motorista? Tenho certeza que não! Se desejasse, a motorista atropeladora poderia ter comparecido ao sepultamento dos dois trabalhadores que eram funcionários noturnos do município de SP, mas não deve ter ido porque estava se recuperando dos 0,85 miligramas álcool no sangue no por litro de ar, detectados no exame de etiliometria realizado pela polícia. Isso é quase três vezes mais do que os 0,34 mg/l, tolerados pelo CTB.
Ah, entendi. Juliana Cristina da Silva foi solta por ordem judicial e não compareceu ao sepultamento de José Aírton de Andrade e Raimundo Barbosa dos Santos que ela matara porque se recuperava da ressaca e com uma possível dor de cabeça!
Mas isso não a menor importância! A justiça, por ser cega, não vê que o motorista que bebe e dirige tem uma arma na mão pronta para ser usada porque tem a certeza que pagando fiança, será logo liberado. Também não tem importância matar dois trabalhadores, diante de milhares de brasileiros que morrem diariamente vítimas de falta de atendimentos médicos, remédios, hospitais dignos, transportes decentes, falta de habitações mais humanas...!
Nenhuma!