Amanhã vai ser outro dia...
Apesar de você, do velho Chico, nunca teve mais sentido na minha vida como agora. A música roga por novos ares, superações, esperança. Mas será mesmo que amanhã tudo irá se acalmar, e o novo reluzira? Fazendo um panorama de minha vida, nada é mais desanimador do que o medo do futuro. O futuro nunca me foi tão desesperançoso. É como se eu estivesse navegando sem norte dentro de mim mesmo. Minha mente insana me faz procurar respostas que nem sempre são sanadas. Seria drama, desmotivação, ou apenas medo? Acho que é a totalidade em si. Minha pena veio mais cedo do que eu esperava, antes mesmo da sentença. Respondo então, por uma série de atos desmedidos e inconsequentes que hoje me assolam e me faz arrepender de tudo aquilo suscitado.
Espero poder vencer essa barreira moral e psicológica travada em mim, e erguer a cabeça e lutar por aquilo que acredito, por aquilo que ainda me resta.
O futuro não pode ser tão doloroso quanto a auto-culpa impugnada por seu martírio voluntário.
Cabe a mim a árdua e incessante luta de enfrentar a realidade e gritar com toda a intensidade que a minha vida é mais importante que qualquer obstáculo, sendo ele resistente ou eterno.
Talvez esse dilema me fortaleça e enalteça a minha fé pelos sonhos e pela luta deles. E que me faça mais grandioso do que nunca, me lance ao incógnito, me liberte do opressivo e me deixe confiante de que a felicidade só depende do meu merecimento, porém mais que isso, de minha determinação.
"Eu pergunto a você/Onde vai se esconder/Da enorme euforia".