Costumes.

Quando comecei a entender os movimentos estruturais da sociedade com referência a mulher, o machismo era muito mais acentuado. Moças desvirginadas solteiras, eram expulsas da casa paterna. Famílias mais corajosas expunha a (vergonha) na justiça; casamento forçado ou indenização pecuniária. Geralmente rapazes ricos preferiam pagar a honra da deflorada. Nestes imbróglios havia também mortes. Para essas coitadas moças, casamento nem pensar, é claro, raramente havia exceções de praxe, mas a rapaziada dizia que seria; corno antecipado. Havia uma minoria de famílias que relevavam essas situações com relativa tolerância.

Não havia para mulher roupa colada no corpo. Vestido meio palma acima do joelho era um escândalo. Os maiôs cobriam a maior parte do corpo, basta dizer que o presidente Jânio Quadros proibiu o biquíni que estava começando a aparecer nas praias do Rio de Janeiro, nos anos sessenta.

Nos anos oitenta a mulher foi literalmente ficando mais independente. Nos anos noventa atingiu o ápice de sua liberdade.

Conta-se uma piada, dando ênfase sobre a independência da mulher; um senhor querendo colocar uma garota de saia justa em uma praia, ao notar que a genitália dela, saiu das dobras do maiô e apoiada na areia; bateu-lhe no ombro e disse: “sua perereca tá comendo areia!... A moça calmamente respondeu: “tá comendo de gulosa, não faz meia hora que ela tomou uma mamadeira deste tamanho... assim!...”

O moralista saiu com cara de tacho.

Lair Estanislau Alves.