TURBILHÃO DE LEMBRANÇAS! (A vida é uma sucessão de ondas!)
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À Joel Duarte e sua mãe Ursulina Duarte Pinheiro, em seus 90 anos!
Em ondas que vem e vão, a vida vai passando. Umas ondas passam rápido demais e nem devemos lembrá-las; outras, em forma de ondas teimosas, vem, não voltam e nos fazendo recordar de coisas e ruins boas. Mas tudo passa. A vida passa, o tempo passa. Todos nós amadurecemos, envelhecemos e mudamos para melhor ou para pior.
Como disse o filósofo Heráclito “ninguém entra em um mesmo rio uma segunda vez, pois quando isso acontece já não se é o mesmo, assim como as águas que já serão outras” . Isso também serve para a vida: ninguém a vive duas vezes e tudo não será nunca a mesma coisa! Passam os dias, horas, minutos e todos envelhecemos, deixando lembranças para trás, no meio do caminho da vida. Temos que vivê-la bem, a vida e nos tornando melhores a cada dia, mesmo que tenhamos sofrimentos! Não lamento os meus, porque foram absorvidos e viraram passado também!
Como as ondas, também os amigos vem e se vão. Algumas ondas, produzem espumas, apreciam--nas, revolvem passados, movimentam a areia da praia e se vão deixando lembranças ou saudades. Outros, nada deixam. No máximo, mudam as areias de lugar. Mesmo que sutis mudanças, devemos absorvê-las, porque as ondas serão passageiras. Mesmo assim, se nos causarem mal. Temos que tirar proveito positivo do mal que as ondas nos causam e seguir em frente. Se nos fizeram bem, devemos preservá-las como se fossem obras de arte, joias raras a serem guardadas em cofre!
E, por que estou escrevendo assim, hoje?
Porque dona Ursulina Duarte Pinheiro, mãe do amigo de infância e adolescência Joel Pinheiro, completará 90 anos, no dia 12/09. Ela nasceu em 1925. Tomei um susto quando contou-me de quem ele era filho e pediu que visse a foto de sua família reunida. Vi, mas não reconheci ninguém. Todos passaram, todos mudaram, inclusive a que na adolescência, em programa “Para ou Continua”, da Rádio Rio Mar, deixava tocar para ela a música “Sonhos”, de Peninha! Ah, que lembranças: ela colocando música para mim e eu pedindo para que continuasse tocando, depois de terminar. Era gostosa essa brincadeira de adolescente! Mas isso também mudou. A irmã do Joel casou, eu casei, seguimos caminhos opostos! Mas ainda são fortes as lembranças.
Como tudo passa na vida, também a vida passa! Dona Ursulina, em seus 90 anos de vida, também passou de mãe zelosa de 5 homens e 3 mulheres à avó de 48 netos, 21 bisnetos e 8 tataranetos. Não foi uma vida fácil! Mas ela conseguiu! E agora tudo é passado e lembranças boas e ruins, também. Como disse, dos ruins, é melhor não falar. Das boas é que interessam e gosto de recordar com saudades de um tempo bom que não voltará nunca mais porque com o tempo, o progresso chegou e tudo ficou diferente! Como era bom viver no bairro da Betânia!
O pedido de amizade pelo facebook de Joel Duarte me causou um turbilhão de recordações boas. Lembramos de pessoas do bairro da Betânia, onde residi e depois passou. Perguntei pela Maria José, se tinha notícia e se ainda era viva. Contou-me que Maria José, de uma família humilde de 6 irmãos, sendo de 4 irmãos falecidos e irmã da Ana passou de lembrança ao esquecimento, mas reside no bairro do Morro da Liberdade, no qual nasci Como relatei na crônica “Maria José, lembrança inútil”, recordamos que ela caminhava pela manhã, pela avenida Adalberto Vale, onde Joel também morava, olhando para o chão. Telefonei para ele!
Quis saber sobre os irmãos “Campos”, conhecidos como “Os Incríveis” porque todos usavam calça pantalona preta, justinha, cintos de fivelas grandes, cabelos imitando o dos “The Beatles”, que era imitado no Brasil pelo conjunto musical de sucesso, “Os Incríveis”. O Joel me contou que vários irmãos faleceram, inclusive o José Campos da Silva, com quem mais eu era ligado. Não quis saber se meu “cumpadre” de fogueira de São João, o Chico Campos, se ainda estava vivo, mas soube que esteve doente por um tempo e que teria uma banca de peixe no Mercado Adolpho Lisboa.
Perguntou-me saber sobre a sobrinha do “bombeiro” José Belém, Erika Costa, que casou com meu irmão Nilberto Costa. Disse que estavam separados. O “bombeiro”, era um membro do Quartel do Corpo de Bombeiros, conhecido por sargento Pedro. Ele q parava quase todas as tardes com o carro-pipa vermelho, chiando quando freava e descia da traseira da viatura, onde se seguravam todos os que estavam com ele. Usava um chapéu que eu achava engraçado, na década de 70.
Isso também passou como se fosse onda que vai e não volta mais! Mas revirou a areia de minhas lembranças e gosto disso!