Em que esquina dobrei errado?
È muita história mal contada, muita gente mal intencionada, é muita “esquina” errada! E quantas vezes a gente perde a vida que almejou por ter virado numa esquina que não conduzia a lugar algum ?
Alguns desacertos pelo caminho fazem a gente perder três anos da nossa juventude, fazem a gente perder um amor, fazem a gente perder uma chance de evoluir.
Por desorientação, vamos parar no lado oposto de onde nos aguardava uma área de conforto, onde encontraríamos pessoas afetivas e uma felicidade não de cinema, mas real. Por sair em desatino sem a humildade de pedir informação a quem conhece bem o trajeto ou de consultar um mapa, gastamos sola de sapato à toa e um tempo que ninguém tem para esbanjar.
Se a vida fosse férias em Paris, perder-se poderia resultar apenas numa aventura, mesmo com o risco de o avião partir sem nós. Mas a vida não é férias em Paris, e aí um dia a gente se olha no espelho e enxerga um rosto “envelhecido e amargurado”, um rosto de quem não realizou o que desejava, não alcançou suas metas, perdeu o rumo: não consegue voltar para o início, para os seus amores, para as suas verdades, para o que deixou pra trás. Não existe GPS que assegure se estamos no caminho certo. Só nos resta prestar mais atenção.