Dor na alma
Acordei com uma forte dor, mas não sei explicar o que estou sentindo, o que está doendo. Dói tudo e nada ao mesmo tempo. Uma dor interna que foi ficando tão forte e logo começou a escorrer pelos meus olhos em forma de lágrimas.
Tal dor é causada por inúmeros motivos. Inúmeros sorrisos que me vem em mente, mas que não me pertencem mais. Inúmeras feridas que não cicatrizaram, apenas tinham criado uma pequena camada de proteção, mas que logo se desfizeram, ocasionando toda a dor novamente.
As feridas ardem, mas nada é pior do que o vazio presente dentro de mim. A dor as vezes me consola, por que me faz lembrar que o espaço que hoje está vazio já foi ocupado por sentimentos tão fortes e intensos que conduziam meus dias e refletiam em meu rosto, em meu olhar e sorriso sincero. Com tal vazio, o riso se tornou forçado e isso fica nítido em meu olhar.
A única expectativa que tenho criado ultimamente é a de não me magoar mais, de não me ferir novamente. Mas isso não está sobre meu controle. A distância nesse caso não é minha aliada, já que ela me causa mais dor, me deixa mais vulnerável e instável. É como se a cada amanhecer, ao me levantar, eu já me preparasse para uma nova ferida, ou até mesmo como se tirasse a casca de uma já existente, fazendo doer novamente.
Me dói tudo e nada ao mesmo tempo. É dor que não passa, não sara. Tira a minha calma, é a dor da alma!