"ESTUDAR É PRECISO", APREENDER TAMBÉM É PRECISO

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Para Nena Inanias, de Presidente Prudente/SP

Estudar, em qualquer idade, não é vergonhoso, é preciso e imprescindível à vida; procurar desculpas para não estudar e mudar e3 condição social e sair da mesmice vergonhoso! De vendedor de picolé, jornal, saco de guardar peixe no mercado, velas e flores em porta de cemitério do bairro do Morro da Liberdade a condição de professor Universitário, depois de ter passado pelo ensino de alfabetização, 5a a 8a, todas as séries do antigo segundo grau, concluído dois cursos superiores e duas pós concluídas, só o estudo determinado e constante foi o que usei! Muitas vezes cochilei e dormi durante as aulas, por estar cansado da jornada exaustiva de trabalho. Se eu consegui, todos podem fazer o mesmo!

Do Oiapoque, no Estado do Amapá, ao Chui, no Rio Grande do Sul, (https://www.google.com.br/search?client=opera&q=Mulher+decide+voltar+a+estudar+depois+de+anos+fora+de+sala+de+aula&sourceid=opera&ie=UTF-8&oe=UTF-8), como se dizia antes dos pontos extremos do Brasil, está cheio de exemplos de mudanças de vida através da educação. Não é a condição social da pessoa, pobreza, ou as suas dificuldades em se dividir entre a casa e o trabalho, que decide pelo não estudo. É a mente. A serra do Caburai, em Roraima, é agora o ponto mais distante do Brasil, segundo anotações do Capitão De Mar e Guerra, Braz Dias de Aguiar, Chefe da Comissão Brasileira Demarcadora de Limites do Brasil..

Não é a condição de nascimento, a pobreza, as dificuldades de comunicação que faz a pessoa não frequentar uma escola. É a própria anulação e abandono de seus propósitos e objetivos de vida, que não lhe permite ver o horizonte que se descortinará à sua frente, estudando. O estudo é como uma radical mudança da idade das travas ao estado da luz. A negatividade sobre essa possibilidade é que não deixa a pessoa ver que isso é possível! Mesmo com as dificuldades existentes, escolas precárias, professores desmotivados financeira e nem sempre com muito qualificação pedagógica sobre temas como transversalidades educacionais que tem que se dar de fora para dentro de sala de aula, discutidos e devolvidos em forma crítica à sociedade, nem sempre bem entendidos, explicados e bem explorados com os alunos.

Contudo, nada disso justifica a anulação da vida em todos os sentidos com o próprio desestímulo à volta aos estudos porque cresceu o número de alunos com mais de 40 anos, de avô analfabeta que decidiu estudar para ajudar o neto, de mãe que seguiu o caminho da filha e cursou a faculdade de Direito. No link https://www.google.com.br/search?client=opera&q=Mulher+decide+voltar+a+estudar+depois+de+anos+fora+de+sala+de+aula&sourceid=opera&ie=UTF-8&oe=UTF-8, existe até exemplos reais de pessoas casadas, com filhos, que passam a frequentar sala de aula.

Como educador, sempre acreditei que o a Educação pode transformar a vida de alguém e a minha foi transformada com determinação, força de vontade e coragem, dormindo pouco, estudando muito e trabalhando sempre. Conciliar trabalho, seja qual for o tipo, com Escola, não é fácil. Mas é possível! O Governo Federal oferece muitas formas de se acessar o ensino. O mercado de trabalho fará a separação dos bons e competentes, dos maus e incompetentes.

Como empregador, entrevistei muitas pessoas com diplomas que eram analfabetas e muitos com poucos estudos, mas com determinação, coragem e dedicação. Logicamente, deixava de lado o diplomado analfabeto e ficava com preferia os que tinham poucos estudos, mas que queriam apender. Não é somente o Estudo que decide um emprego, mas competência, coragem e força de vontade em aprender. Como educador, essa era, foi e sempre será minha missão: aprender com quem quer me ensinar e ensinar com quem deseja aprender. Nunca desistirei de ensinar os que me pedem ajuda e de aprender com o que menos sabem porque o processo de educação é infinito. Por mais que se pense que se sabe, tudo, sempre pode ficar uma lacuna aberta para se aprender um pouco mais.

carlos da costa
Enviado por carlos da costa em 13/08/2015
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