Caetano e Gil
Os israelenses Ofer Neiman e Yonatan Shapira publicaram interessante matéria no Globo de 29/07/2015, versando sobre a ida de Caetano e Gil a Israel. Logo no Globo, veículo tido como deturpador da opinião pública por muitos que se acreditam mais a esquerda do que todo mundo.
Segundo os dois israelenses, “o Brasil é o quinto maior importador de armas de Israel”. Tendo sido assinados contratos “entre os governos brasileiro e israelense que chegam quase ao valor de US$ 1 bilhão. De veículos blindados vindos de Israel, para as ocupações policiais das favelas, ao treinamento israelense das polícias militares no Rio e em São Paulo”, dinheiro resultante do imposto cobrado aos cidadãos brasileiros.
Caetano e Gil teriam dito que foram a Israel “em apoio a um ‘diálogo’”. Os dois israelenses lembram, contudo, que “diálogos significativos só podem começar quando o opressor percebe que suas políticas não são mais aceitáveis”.
Em sua matéria, Neiman e Shapira se reportam ao encontro mantido por Caetano e Gil com Shimon Peres, ex-primeiro-ministro de Israel, segundo os articulistas “responsável pelo bombardeamento indiscriminado do Líbano na primavera de 1996, matando muitos civis e expulsando a milhares de libaneses refugiados de suas casas”. Tendo sido também o responsável pelo “sequestro e tortura do israelense Mordechai Va’anunu, que revelou ao público informações sobre o programa nuclear de Israel”.
Com base nessas considerações, feitas não por brasileiros ou palestinos, mas por dois israelenses, talvez seja lícito perguntarmos o que Caetano e Gil foram fazer em Tel-Aviv. Ou será que se trata de algum entendimento secreto que deva ser mantido fora do conhecimento de seus fãs?
Rio, 09/08/2015