MUDANDO O JOGO

Quantas vezes dá vontade de berrar destroçando os ouvidos do mundo.

Quantas vezes dá vontade de metralhar toda humanidade,

não deixando um teco de alma pra contar história.

Quantas vezes não dá vontade de acabar com o próprio

passado, o próprio presente e o próprio futuro

fazendo que tudo vire pó e nada mais.

Quantas vezes dá vontade de nunca mais comer, dormir, enxergar,

amar, sentir cheiros, gostos, respirar.

Quantas vezes dá vontade de fazer as malas

e seguir estrada afora para qualquer lugar que não seja este.

Quantas vezes nos surpreendemos mentindo, blefando,

enganando, roubando, passando a perna em quem só queria

a nossa amizade. E nada mais.

Quantas vezes não conseguimos ver nada que seja diferente

da nossa imagem e achamos isso simplesmente o máximo.

Quantas vezes somos medíocres nos sonhos e incompetentes

para transformá-los em qualquer realidade, por menor que sejam.

Quantas vezes nos achamos mais fortes, inteligentes, capazes

etc. etc. etc. do que o próprio Criador.

Quantas vezes reconhecemos parte ou tudo isso que foi dito

acima e fica por isso mesmo.

E quantas vezes damos a volta por cima e mudamos o jogo?

E quantas vezes olhamos para trás, reconhecemos que erramos no caminho (ou na escolha) e mudamos o jogo?

E quantas vezes descobrimos em nós mesmos uma capacidade ou um sentimento que não dávamos bola e mudamos o jogo?

E quantas vezes constatamos que é possível reverter, melhorar, relevar, compor, ceder, ignorar, perdoar, recuar, construir, semear, renascer e mudamos o jogo?

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Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 30/07/2015
Reeditado em 30/07/2015
Código do texto: T5328561
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