A AVARENTA
Uma Manicure faz unhas em domicílio e tem muitas clientes.
Certo dia, a mais rica de todas lhe disse:
-Lilita, eu tenho este relógio lindíssimo de pulso, que é muito antigo. É uma verdadeira relíquia. Ele está com um probleminha fácil de resolver. É só levá-lo a uma relojoaria e pronto. Você não quer comprá-lo e me pagar, devagarzinho, com seu serviço?
-Quanto a senhora quer por ele?
-É baratinho. Por R$100,00, você pode levá-lo, agora. E as minhas unhas, que está pintando hoje, já ficam por conta do primeiro pagamento.
A manicure passou numa relojoaria, mandou consertá-lo e viu um relógio novo, da mesma marca, por R$200,00 e parcelado em 10 vezes.
Passado um tempo, quando só faltavam R$6,00 para acabar de pagar o relógio, Lilita pensou em pedir um desconto, quer dizer, que morresse ali a dívida.
Mas, antes de ela propor, sua freguesa disse:
-Você ainda está me devendo R$56,00, não é mesmo?
-O quêêêêê?! Não foi isso que nós combinamos! A senhora me falou que o preço era R$100,00 e eu até achei muito pesado para mim, mas...
-Bem, como nada foi anotado, fica a minha palavra contra a sua. E por esse precinho, a minha empregada fica com ele.
-Então, venda para ela. Gastei R$10,00 no conserto. Mas... E agora? Como vai ficar o nosso acerto?
-Ah... Não se preocupe. Vou te pagar igual a você: aos pouquinhos, OK?