O simples deixou de ser funcional

Somatizamos problemas, damos mais importância ao que não foi conquistado, do que o que aquilo que conquistamos.

Contemplamos as derrotas, justificamos, somos colocados para baixo, pela própria limitação que impomos a nós mesmos.

Informatizamos nossas paixões,caminhamos menos na praia,brincamos menos com as crianças,nos divertimos menos de forma coletiva,e até o sexo que é algo prazeroso, muitos preferem a masturbação circunstancial.

Nos alienamos com a opinião alheia,e esquecemos de ter a nossa própria opinião, somos programados para duvidar, para armar,para trapacear, para mentir,mas não somos programados para encarar a realidade.

Somatizamos a nossa fraqueza,somos auto piedosos, mas não nos preocupamos na verdade com nada, quanto mais se tem,menos nos importamos com o que temos a nosso redor,o dinheiro,a ganancia,nos dão a sensação de termos menos tempo, mas o tempo,ele tem sido o mesmo, a forma que nos empregamos isso no nosso dia,é que faz com que isso soe diferente,batido,datado, queremos sucesso, riqueza, melhores carros, desprezamos o picolé no fim de tarde na praia, gostamos de nos sentir importantes,mesmo que isso seja uma grande mentira que contamos a nos mesmos.

O simples deixou de ser funcional,a medida que perdemos nossa simplicidade,nosso ego hoje fala mais alto, esta nas alturas,nosso caráter é contraditório, desalmado.

É muita firula por qualquer tipo de causa, mas tudo é sempre passageiro,nada permanece, queremos tudo,mas não fazemos nada para que o pouco que temos,seja o tudo que precisamos.

a caminhada com uma água de coco,uma conversa informal, um passeio sincero,a honestidade de nosso olhar,onde ficou?, o que de fato gostaria de saber,é o que queremos?.

Leandro Vidile
Enviado por Leandro Vidile em 29/06/2015
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