Onça que Ruge
A Onça que Ruge.
Acostumada a andar, a milhares de anos, por suas matas e campos, patrulhando seu território ou caçando, a onça se encontra hoje confinada a pequenos bolsões de mato, encurralada pela presença humana. Rugindo, ela protesta contra a invasão de sua casa, de sua toca. Assim como se escoa, no vento, o som de seu protesto, sua vida não resistirá à pressão humana. Com o tempo, talvez restem apenas ecos de seu fugaz rugido, lembrança incapaz de reviver a beleza da fera abatida.