Um Tapa da Memória
A primeira vez que se ouviu sobre aquela cidade foi quando o haviam matriculado no curso preparatório para “Admissão ao Ginasial”. Iriam naquele centro urbano maior buscar o livro para ele, porque na única livraria de seu pequeno sítio não se encontrava a “Mágica do Saber” – saberes de humanidades. Eles iriam. Conheceu assim o nome da cidade além.
Posteriormente quando estava na arrebentação da adolescência iriam atravessar aquele centro urbano de passagem para o litoral. Ele observou extasiado os prédios altos, o trânsito de carros que lhe pareceu intenso, as pessoas, muitas, muitas, indo e vindo. Os sentidos todos de seu corpo captou aquela existência de aglomerado social tão diferente de sua pacata vila onde a mesmice brindava a limitação do ir, vir, ver e sentir.
Depois, ao ouvir relatos de terceiros de como chegar, perambular e voltar daquela cidade, fez planos para a aventura de ir ali. Foi-se. Era a sua, até então, maior aventura e atrevimento no mundo além de sua habitação. Sabia que deveria descer na rodoviária ir até o calçadão e se dirigir ao comércio: buscava a livraria – o livro, sempre o objeto de seu desejo.
Chegou àquela imensa calçada. O contato com o espaço inédito para ele e a proximidade de tantas pessoas diferentes era quase uma experiência prática do mito, do existir, do ver e do ser. Na livraria teve que escolher com parcimônia. Eram tantos livros para sua pouca economia.
Terminado o “Segundo Grau” veio o vestibular. O sonho era maior do que os recursos familiares, mas para isto se daria um jeito de naquela cidade viver. Porém no meio do caminho havia a “exatidão das áreas” escolares. Se buscava a inexatidão das humanidades, para que a precisão exata? Que Pitágoras, Descartes, Comte cuidassem de seus saberes precisos e deixassem livre a análise da efervescência e imprecisão humana!
Vencidas as barreiras do fazer e já na prática do profissional foi na Universidade daquela urbe que veio o curso da especialidade. E no curso nada de instrumentos da nefasta “escola jesuítica”. “Prova” prova o quê? Nada! No transcurso de se especializar teve que escrever cientificidades e para isto muita leitura e produção escrita. Muito compreendeu, aprendeu e apreendeu como nunca antes.
Vencida a fase de tempo e idade da profissão, por aquele espaço urbano caminha fazendo esta reflexão de memória instigado por cursar ali “Registro de História Oral”.
Uma bofetada na memória!
Em que caminho esta ponte levará este teórico que do outro gosta de decifrar leituras e de se comunicar com suas escritas?
A primeira vez que se ouviu sobre aquela cidade foi quando o haviam matriculado no curso preparatório para “Admissão ao Ginasial”. Iriam naquele centro urbano maior buscar o livro para ele, porque na única livraria de seu pequeno sítio não se encontrava a “Mágica do Saber” – saberes de humanidades. Eles iriam. Conheceu assim o nome da cidade além.
Posteriormente quando estava na arrebentação da adolescência iriam atravessar aquele centro urbano de passagem para o litoral. Ele observou extasiado os prédios altos, o trânsito de carros que lhe pareceu intenso, as pessoas, muitas, muitas, indo e vindo. Os sentidos todos de seu corpo captou aquela existência de aglomerado social tão diferente de sua pacata vila onde a mesmice brindava a limitação do ir, vir, ver e sentir.
Depois, ao ouvir relatos de terceiros de como chegar, perambular e voltar daquela cidade, fez planos para a aventura de ir ali. Foi-se. Era a sua, até então, maior aventura e atrevimento no mundo além de sua habitação. Sabia que deveria descer na rodoviária ir até o calçadão e se dirigir ao comércio: buscava a livraria – o livro, sempre o objeto de seu desejo.
Chegou àquela imensa calçada. O contato com o espaço inédito para ele e a proximidade de tantas pessoas diferentes era quase uma experiência prática do mito, do existir, do ver e do ser. Na livraria teve que escolher com parcimônia. Eram tantos livros para sua pouca economia.
Terminado o “Segundo Grau” veio o vestibular. O sonho era maior do que os recursos familiares, mas para isto se daria um jeito de naquela cidade viver. Porém no meio do caminho havia a “exatidão das áreas” escolares. Se buscava a inexatidão das humanidades, para que a precisão exata? Que Pitágoras, Descartes, Comte cuidassem de seus saberes precisos e deixassem livre a análise da efervescência e imprecisão humana!
Vencidas as barreiras do fazer e já na prática do profissional foi na Universidade daquela urbe que veio o curso da especialidade. E no curso nada de instrumentos da nefasta “escola jesuítica”. “Prova” prova o quê? Nada! No transcurso de se especializar teve que escrever cientificidades e para isto muita leitura e produção escrita. Muito compreendeu, aprendeu e apreendeu como nunca antes.
Vencida a fase de tempo e idade da profissão, por aquele espaço urbano caminha fazendo esta reflexão de memória instigado por cursar ali “Registro de História Oral”.
Uma bofetada na memória!
Em que caminho esta ponte levará este teórico que do outro gosta de decifrar leituras e de se comunicar com suas escritas?
Leonardo Lisbôa
Barbacena, 27/05/2015.