A pior das noites
Eu e a Janiffer tínhamos nos separado há pouco tempo, estava em estado de profunda tristeza. O celular tocou, eram três e meia da tarde. Levantei-me e fui atendê-lo, era o Celso, amigo meu de muitos e muitos anos, ele sabia que eu estava passando por um momento um pouco complicado, atendi. Chamou-me para ir a uma festa, na “Jampa night fest”. Eu disse: – agradeço o convite, mas estou com a mente um pouco perturbada, você sabe que me separei há pouco tempo e tal –. Mas ele insistiu para que eu fosse, pois precisava me divertir. Acabei aceitado o convite e fui.
Ficamos certos que ele passaria às nove horas da noite. Como ainda era muito cedo voltei e fui me deitar novamente. Levantei-me para me arrumar às sete horas da noite. Tomei banho, troquei de roupa e fiquei a espera-lo, sentado no sofá. Às nove e meia chegou. Saímos de casa, e fomos conversando no caminho sobre assuntos que não envolvessem a Jeniffer. Mas era inevitável que, uma hora ou outra seu nome surgisse em meio ao dialogo. Isso era normal, afinal ela estava presente em todos os momentos da minha vida e a separação era muito recente. O trânsito estava horrível nesse dia, infernalmente parado.
Quando finalmente chegamos à balada, estava esperando-nos o Marcos e o Júnior. A fila de entrada era imensa, e em meio a tanto barulho, algo me dizia que eu iria encontrar quem eu menos queria ver nessa noite. Entramos e fomos comprar bebida, o Celso não bebeu, pois estava dirigindo. Uma garota causava provocação incessante em mim, então a agarrei e fomos dançar. No meio de um beijo, abri os olhos, e vi uma imagem já conhecida por mim em meio a toda multidão, não porfiei em olhar, achei que fosse impressão minha. Mas quando soltei a garota, pude perceber que não, não era impressão. Realmente era quem eu imaginava, a Jeniffer que observando o beijo, agarrou outro rapaz e o beijou. Parecia que queria causar-me ciúmes e estava conseguindo.
Ao ver aquele beijo, parecia que minha cabeça fazia turbilhões, algo me corroía por dentro. Minha noite havia acabado. Estava certo em pensar que ela podia aparecer ali. Então procurei sair da balada, Celso e os outros rapazes me seguiram. Pedi ao Celso pra ir levar-me em casa, não poderia mais permanecer naquele ambiente. Culpei-o por ter me levado ali, disse coisas horríveis que difamavam a imagem da Jeniffer. Apesar de separados ainda a amava e não estava pronto para ver aquela cena, um profundo estado de depressão tomava conta de mim. Naquele momento a luz da minha noite apagou-se.