A maldade exibida
Neste domingo de Páscoa, aproveitando para navegar na Internet, deparo-me com muitas coisas arrepiantes: pessoas que fazem vídeos delas mesmas maltratando animais ou fazendo apologia de sexismo, homofobia e da violência contra as mulheres ou negros,por exemplo. Agora há pouco, assinei várias petições contra pessoas que se filmaram chicoteando, espancando, queimando ou estripando animais indefesos. Em outras ocasiões, também já me uni a campanhas contra homens que gravaram vídeos fazendo apologia ao estupro e à violência contra os homossexuais. Infelizmente, os recursos tecnológicos de que dispomos servem para que essas pessoas (seriam mesmo pessoas?) divulguem seus atos monstruosos e ideias abomináveis como se fossem coisas das quais pudessem se orgulhar, e não algo de que devessem se envergonhar.
Eu vejo e me choco com o que essas pobres imitações de seres humanos fazem ou dizem e me preocupo com o fato de que há outras mentes tão cruéis e doentias que, vendo todas essas anormalidades, passem a imitá-los e exibir na Internet, perpetuando esse horrível círculo vicioso que precisa ser energicamente rompido. Outro risco é o de que a superexposição a isso tudo vá, aos poucos, deixando as pessoas insensíveis a ponto delas passarem a aceitar isso como normal, quando não é e nunca será.
Claro que a maldade não é algo novo, mas que existe desde os primórdios da Humanidade. Porém, devido à possibilidade de divulgação e fama concedidas pela Internet, muitos veem nisso uma chance de ficarem famosos e, como têm uma natureza perversa e desprovida de escrúpulos, usam-na para propagar os seus atos de monstruosidade quase inacreditável. Isso é um problema que tem se espalhado como um câncer, contaminando e amedrontando pessoas por todo o mundo. Um bom exemplo disso é o que vemos nos noticiários: jovens que filmam outros jovens espancando colegas indefesos ou agredindo pessoas nas ruas por nada e o Estado Islâmico mostrando os atos de seus membros decapitando e queimando pessoas vivas.
Não se está dizendo que a Internet é responsável, afinal, quem faz isso é porque já possuía uma personalidade maldosa e sádica. Mas esses acontecimentos mostram que é preciso tomar providências exemplares contra esses tipos de gente.