DICISÕES



 
As decisões muitas vezes é  para se perdoar demais! Quando mudanças ocorrem num inesperado de gestos, atitudes, comportamentos...de um tratamento diferenciado do antes para com o presente. Chegamos repletos de entusiasmos que, num momento certificamos, tudo aquilo que almejamos no melhor do ápice de um sonhador. Vamos caminhando paulatinamente entre sonhos e num repente a fantasia nos faz acreditar, que imaginamos alto demais... Sim, deixando no álbum das recordações, tão somente momentos, quando a realidade é outra, distante da permanência daquilo que é o melhor, e satisfatório. Tudo se transcorre numa rapidez grande. Convivemos imaginando, compreendendo, tentando caminhar por estradas longas, duradouras... Surgem no oposto trilhos estreitos, os quais pela instabilidade nos faz cansar de passos lentos, repetitivos, demorando para se atingir o objetivo. Com isso o sentimento passa ser assustador, duvidoso, desequilibrado, ameaçador, porque sabemos da necessidade de parar. Vem a ânsia do caminhante cansado, abatido, decepcionado, voltando às inexperiências de vida e o de conduzir o cotidiano. A coragem é a demora inimiga para as resoluções problemáticas, das próprias decisões para se tomar. Perdemos as direções, não mais sonhamos... o vazio invade as razões, quando os fatos vão se tornando cansáveis demais! A humilhação contínua se estende além do equilíbrio para se silenciar, sem abordar defesas das incompatibilidades. Vai se tornando cada vez menor, a mutualidade dos diálogos, das trocas de pensamentos, dos afagos, dos carinhos... nada mais é o antes de um pretérito; o agora substituído pelo rancor na forma de tropeços e abalos. Perdemos a segurança das palavras, vem o medo avassalador "de não poder mais abrir a boca". A troca do sentimento não mais incluído, na reciprocidade imaginada. As críticas constantes são concluídas pelas insatisfações; sentimos a rejeição para pouco depois, se tornar "o objeto humano" como  um simples passante alheio. Não somos mais observados, porque mudamos de conduta  diante do frio que nos faz desemparados e sem abrigo. A mente para as decisões é a fraqueza, pelo que queríamos no ontem, quando no presente vamos sendo derrotados pelo sentimento. Quando estaremos aptos, a reerguer as forças para se desligar daquilo, que pleiteamos como alimento de vida, e da necessidade de amar e ser realmente amado? Não haverá nunca, o procedimento de uma "decisão do desligamento", enquanto avaliarmos que tudo por amor se constrói!
 

 
Autor:Rodolfo Antonio de Gaspari-Roangas-
Fonte:Diverso Universo de Crônicas
Fotos:Divulgação
Música de Fundo: "Desorientadas"-Cristian Romanelli-ROMA-

 
                                                                      
roangas
Enviado por roangas em 04/04/2015
Reeditado em 28/03/2016
Código do texto: T5194319
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