RACISMO, HOMOFOBIA E APOLOGIAS.

As escolhas são exclusivas e de cada pessoa, cada qual em seu direito legítimo de opção, porém, algumas condições são imposições da vida, pela genética propriamente dita, não escolhemos nascer branco, negro, amarelo ou vermelho, o que chamamos de raça por exemplo, é nossa herança, é a nobreza da descendência que recebemos nessa transmissão das características somadas de nossos pais e antecessores.
Como também, apesar de até ser possível através da engenharia genética, se escolher ter um filho homem ou mulher, separando os embriões de cromossomos X ou Y, algo que não se aplica ainda de forma legal, mas a criança gerada não escolhe seu sexo, simplesmente na obra mágica da vida, essa escolha se faz pelo acaso natural, na fusão de espermatozoide e óvulo, os gametas que juntos dão a origem esplêndida para o ser em formação.
E assim, nascemos, crescemos e vivemos com nossas características, e uma dessas características naturais é o raciocínio, essa operação de lógica mental, a consciência de desenvolver o poder de decisão sobre o que podemos ser por nossa exclusiva opção.
Estabelecemos como racismo a discriminação pelo critério de diferenciação de raça, etnia, e até social, algo que pode se diversificar de diversas formas e ser em conceito bem mais vasto que esses fatores, já a homofobia se caracteriza pela não aceitação, preconceito e aversão a orientação sexual e de caracterização física, permanente ou não de um indivíduo.
Onde essas definições paralelas de racismo e homofobia se cruzam de fato, é uma questão um tanto complicada para ser afirmada, penso que além da perseguição, o principal ponto seja na estupidez humana, em ambos os casos a opção pelo pouco discernimento, a falta de raciocínio, a bestialidade se tornam a escolha para quem exerce a discriminação de um semelhante.
Sim, semelhante, todos, pois, somos de uma única raça que é a humana, o conceito antropológico é decaído e não aplicável a partir que se define através de estudo genético as características de cada população, e que se mostram idênticas na formação do ser humano em seu DNA. 
Mas onde esses conceitos paralelos e definições de racismo e homofobia se distanciam de fato das ações práticas, é que se torna um critério tênue de aplicação.
Quando vemos um insulto dirigido a alguém como ofensa racial e caracterizado como crime, qual é o limite entre a falta de educação do ofensor e uma ação racista real?
Um xingamento proferido contra um indivíduo de pele negra, o chamando de macaco, algo que vemos não raramente em estádios de futebol por exemplo, pode ser estabelecido exatamente como uma comparação pela cor da pele ou pelo critério de pejorar o desenvolvimento intelectual o comparando ao animal, assumindo a conotação racista, onde nesse mesmo estádio, o árbitro da partida de cútis branca, ser chamado de “viado” sem fazer referência ao animal veado, e sim como uma denominação pejorativa de homossexual mesmo ele não o sendo, não tem a mesma conotação e caracterizado como um ato homofóbico, a expressão grosseira, mal criada e ofensiva, negro fedido carrega afronta maximamente maior que branco azedo ou juiz “viado” independentemente de sua cor, onde precisamente tudo isso se distancia além da falta de educação, a rudeza, a deselegância ignorante do ser humano. Estabelecer critérios tão distintos por infrações injuriosas, do que seria o comportamento social educado e pacifico esperado pela civilidade, não se torna perigosamente uma apologia a diferenciação de raças, não caracteriza um distanciamento de condições avaliativas, uma vez que somos todos iguais e de mesma raça, e é por essa igualdade que devemos caminhar sempre, definir o tamanho do delito pela cor da pele não é uma forma de racismo?
Quando falamos de atos homofóbicos que são desprezíveis e devem ser combatidos, uma vez que a opção sexual é exclusiva e legítima do cidadão, estamos lutando pelos direitos de cada ser humano fazer suas opções, como deve ser pelo estabelecido em lei e pelo convívio harmonioso em sociedade, aceitando as diferenças e entendendo que as escolhas são particulares, ser homossexual em conceito não é por escolha e sim por orientação, é um fator que surge independentemente de vontade, buscar explicação exata na origem é complexo e desnecessário, talvez uma parcela não pequena de homossexuais se tivessem a opção de escolha na infância e quando sentiram manifestado essa tendência, não o seriam, optariam por serem heterossexuais, é algo de difícil afirmação, apenas uma impressão especulativa, mas percebo também que hoje se propaga o conceito homossexual de forma banal, como se fosse simples opção, as quais podem ser de momento e que não afetam toda uma estrutura familiar natural, natural nesse caso diga-se, também é uma palavra que depende muitas vezes de conceituação subjetiva, mas na prática, propriamente ao que se refere a procriação da espécie, a diferenciação estabelecida pela natureza de existir sexos diferentes que juntos, possibilitam a procriação, que é quase regra em todas as espécies. 
A verdade de tudo isso, é que somos em essência iguais, independentemente de cor de pele, de religião, de orientação sexual, algumas características herdamos, outras adquirimos involuntariamente, e outras apenas buscamos por opção, o que se faz importante é o direito intransferível e inquestionável de escolha de cada um, que todos devem ser respeitados em suas manifestações naturais ou facultativas, mas que também, não criemos em nós o monstro de que tudo deve ser arbitrário, pois correríamos o risco de cada vez mais na defesa do que é natural, permitido e de direito, fazermos apologia tão desmedida que acabe por insuflar involuntariamente pela diferenciação que não existe, o real racismo e homofobia criminosos!