Tons e desolação
O Poeta melhora o Homem!
Esse mundo, essa grande aquarela, olhamos as cores, a natureza é apenas fantástica, todos os tons possíveis e imagináveis. Plantas das mais variadas formas e cores, de belezas que se quer compreendemos. Animais, todos que conhecemos, outros que nem ao menos imaginamos, a água e sua cor, já repararam a água tem cores! Sim, ela tem, pena que da forma como lidamos, estamos criando uma cor nada bonita,(agradável). Vivemos num labirinto chamado progresso que gera diversas necessidades sendo que em extrapolando as necessidades criam-se crueldades. Passamos muito tempo em batalhas, sabemos que o mundo é interdependente, ainda assim sabotamos isso, alterando o verde, alteramos o ocorrência dos cinzas, o incolor e outros tons de nossa água, a cor e eficácia dos raios solares, nossa cor de pele em relação a isso. O cinza literário não pode nos deixar esquecer dos cinzas das queimadas, dos cinzas que por desequilíbrios geram tempestades e destruição, das árvores que são matéria prima para os livros e impressos. Comum nos dias de hoje, se esquece de dar água ao cãozinho enquanto é alimentado o aplicativo do celular. Os shoppings centers são fontes renováveis, mas se tornarão restritos, haveremos de pagar pedágios para adentra-los ademais não consigo imaginar-me preso a uma natureza sintética, isso sem falar que não são autossuficientes, pois também se abastecem de natureza. Mesmo que muito evoluamos está longe o dia que vamos fabricar água, menos ainda na velocidade da demanda. Precisamos no menor tempo possível tomarmos consciência da gravidade da escassez da água e de ser ela responsável por absolutamente tudo que temos, fazemos, responsável por cores (tons) na composição de tintas. Muitos de nós tendemos a introspecção em dias cinzas, pensemos nisso. Será que estamos precisados desses tons literários e cinematográfico por conta da descrença ou desesperança das soluções, ou nossa insensibilidade atingiu o seu ápice?
Mauricio Rodrigues