VERDADES E MENTIRAS NAS REDES SOCIAIS (OS DOIS ESTARIAM ERRADOS...)

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Estão se aproveitando do momento de crise pelo qual passa o Brasil para difundir alarmismos pelas redes sociais, profetizando Guerra Civil, dizendo que o país declararia guerra contra seus vizinhos e orientando aos membros da rede social whatsapp que os membros fizessem estoque de alimentos de primeira necessidade para suportar o tempo da propalada Guerra Civil, porque os “vermelhos” invadiriam o país e tomariam conta de tudo. Um general da reserva chegou a gravar um vídeo e divulgá-lo, garantindo que a mobilização contra a presidente Dilma Rousseff, está metendo medo na classe política. Tudo pode ser verdade ou mentira, mas o momento é sério e grave, sim. Nas redes sociais, contudo, circulam muitas bobagens que findam se transformado verdades e tendo que ser desmentidas depois, como ocorreu durante a reeleição da presidente, que “mataram”, o doleiro Yousseff, só porque ele tinha ido ao hospital porque sentira um problema no coração.

A notícia da suposta morte de Alberto Yousseff se espalhou rápido pelas redes sociais e foi desmentida depois. Nessa onda alarmista, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu o exército de João Pedro Stedile iria para ruas e enfrentaria o Aparelho de Repressão do País, o Exército, e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha declarou que se o povo se manifestasse nas ruas, ele colocaria o pedido de impeachment em pauta de votação contra a presidente Dilma Rousseff. E se o povo não se manifestar, deixaria de cumprirá seu dever constitucional? Estranho! Essas declarações podem ser resultado de mentiras criadas ou verdades ditas, mas nem uma e nem outra foram desmentidas pelos seus autores até agora e, diante da omissão, são divulgadas como se fossem verdades ditas e se propagam como se fossem rastilho de pólvora.

Sendo verdade, os dois estiam errados: primeiro porque Stedile não é e nunca foi general e nem possui um Exército. Essa declaração de Lula me pareceu mais ser uma provocação deliberada e gratuita contra as Forças Armadas. Já a declaração de Eduardo Cunha, me pareceu uma ridícula omissão de seu dever constitucional porque só se o povo não for para ruas, o presidente da Câmara deixaria de cumprir seu dever constitucional, legal e moral, se é que realmente exista algum pedido de impeachment protocolado e juridicamente fundamentado contra a presidente Dilma Rousseff! Muito se fala sobre isso, mas não encontro respaldo para que isso ocorra e o Escândalo da Petrobras ainda não a atinge diretamente, talvez só por omissão. Contudo, tenho medo da baderna que essa manifestação possa provocar porque pessoas se infiltram nos momentos para quebrar, depredar, provocar e causar enfrentamento contra as forças policiais, como se tivessem que receber com flores as pedradas e coquetéis molotov que recebem.

Muitas coisas estão sendo veiculadas pelas Redes Sociais, contra e a favor, mas nem tudo é verdade e pode existir alguém externo comandando tudo e vendo só o circo pegar fogo. Também pode ser só o resultado de um momento. O certo mesmo é que o Brasil parou literalmente devido as investigações de corrupção e de desvios éticos e morais na maior empresa estatal do Brasil, a Petrobras que, sozinha investia quase 10% do PIB nacional em obras em quase todo o país. No momento, o Brasil está descendo uma ladeira, como se fosse um automóvel desgovernado e sem freio, mas poderá “pegar no tranco” e subir de novo. Só que o remédio que estão lhe ministrando está sendo amargo demais e duro de engolir, podendo matar ou curar o paciente.

Mas o paciente Brasil está muito grave!

Como disse, nem o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, pode dizer pelas redes sociais que se a população se manifestar ele colocará em votação com o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e nem o ex-presidente Luiz Inácio Luna da Silva pode anunciar e repercutir pelas redes sociais que colocaria o Exército do João Pedro Stedile, nas ruas. Stedile é economista graduado pela Pontifície Universidade Católica do Rio Grande do Sul e pós-graduado pela Universidade Nacional Autônoma do México, gaúcho de Lagoa Vermelha e provável líder do Movimento dos Sem-Terra. Mas não é general e nem tem exército.

O presidente da Câmara não pode usar de chantagem política para se impor e fazer cumprir seu dever. Em se confirmando as afirmações de Lula e de Eduardo Cunha, ambos deverão e poderão ser processados: um por omissão de seu dever e Lula por afronta às Forças Armadas, do qual já foi seu Comandante em Chefe como presidente da Nação. Lula, como ex-presidente tem a seu dispor vários militares do Exército e não acredito que queira trocar nenhum por qualquer soldado de Stedile. Quanto ao presidente da Câmara ele não pode e nem deve usar a chantagem política como uma condicionante para cumprir seu dever legal, pelo bem da democracia que está capenga porque a chantagem política foi substituída pela ética, moral e respeito institucional.

Mas como no Brasil tudo pode, acredito mesmo que em algum momento da vida, Lula tenha pensado em promover João Pedro Stedile à patente de General de Exército, contrariando todo um processo hierárquico da corporação, além de ter sido um claro deboche claro contra as forças militares. No caso do deputado Eduardo Cunha, ele não poderia jamais dizer pelas redes sociais que se a população se manifestar nas ruas, colocará o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Tanto uma quanto a outra declaração soam aos ouvidos da sociedade de forma ridícula, porque não são coerentes e nem éticas vindos de um dignatário maior da nação brasileira, muito menos de um presidente da Câmara Federal que, na prática, viria a substituir a presidente Dilma Rousseff em caso de ela e seu vice se ausentarem do Brasil. Senhores, mirem-se no exemplo do passado recente e reflitam nas bobagens que declararam e estão sendo repercutidas pelas redes sociais do Brasil.

É demais!

carlos da costa
Enviado por carlos da costa em 03/03/2015
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