A MORTE: ESTA PONTE PARA UMA TERRA DESCONHECIDA

A nossa vida é cheia de pontes. Pontes que nos levam a vários lugares. Pontes que ultrapassam profundos abismos e nos colocam em terra firme. A maior e mais misteriosa ainda é e continuará sendo a morte.

A morte é uma ponte que nos conduzirá a um lugar desconhecido. Uns alegam conhecê-lo no âmago da sua espiritualidade, outros, defendem a sua inexistência, também no âmago da sua espiritualidade. Uns porque creem em alguma coisa, outros, por em nada crerem.

A morte é a maior essência da democracia, ela não escolhe as pessoas de acordo com as suas posições socioeconômicas: todos morrem um dia. E ninguém parte atrasado, sempre que ela chega é porque sua hora também chegou.

Entretanto, frisando o fator de ligação, a ponte para o lado desconhecido, estabelece-se a razão pela qual ninguém veio do lado de lá da ponte para dizer se é bom ou ruim; talvez pela seguinte alternativa, se alguém disser que o lugar é muito bom, ninguém por aqui, nesta terra de ninguém, vai querer perdurar por aqui por muito tempo pois vai querer logo partir; entretanto, se disser que o lado se lá é horrível, muitos moradores daqui de tudo farão para atingir a eternidade.

Esta ponte, queiramos ou não, um dia teremos que atravessá-la. Além do medo, o que mais interessa é quem estará nos conduzindo por sobre ela. Se for o anjo da luz, escutaremos a saudação “bem-vindos benditos de meu pai, que possui por herança o reino dos céus” ou se for o contrário, também ouviremos alguém falar “ afastai-vos de mim para o fogo eterno!”

A estrada sempre esteve pronta; a porta é estreita e a ponte, longa.

Jonas De Antino
Enviado por Jonas De Antino em 25/02/2015
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