PISO SALARIAL DOS PROFESSORES, UMA VERGONHA NACIONAL!
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Como os professores podem se sentir motivados a continuar em sala de aula enfrentando vândalos travestidos como alunos, com um pífio e quase ridículo reajuste de 13,01% no piso nacional de salário para um regime de 40 horas, elevando-o de R$ 1.697,30 para os atuais R$ 1.917,78 centavos?
Mesmo com reajuste do piso muitas prefeituras de municípios pobres e com prefeitos bastante corruptos, não conseguem pagar sequer à metade desse valor, como vão pagar mais? De 2009 a 2015, como tudo no Brasil, os “mestres” do passado, foram perdendo os valores aquisitivos e os prestígios que antes tinham. O maior reajuste dado ocorreu em 2012, com 22,22 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Depois, foi decaindo vertiginosamente em termos de salários, mas aumentando os problemas em sala de aula, com mestres sendo agredidos, espancados, ameaçados e servindo de debocho ao alunado!
No Japão, que tradicionalmente o povo se curva em referência ao imperador, o único que tem o direito de não se curvar é o professor, pelo respeito e a autoridades que tem o mestre na “terra do Sol Nascente”. No Brasil, porém, professores fazem greves revindicando salários atrasados, são agredidos e têm que se curvar ao que determinam os mandatários da Educação. No Brasil prima-se pela quantidade de alunos, em detrimento da qualidade do ensino. No Brasil das estatísticas, não se busca melhorar a qualidade da educação, embora a presidente Dilma Rousseff, em campanha, tenha prometido revisar todo o currículo educacional do país.
De R$ 950 reais em 2009 para R$ 1.917,78 foi um reajuste que não acompanhou o índice inflacionário como nenhum outro reajuste acompanha o mesmo índice de inflação, como aposentadoria, por exemplo. Só os preços disparam: nas feiras, da gasolina, dos impostos, da energia etc.
Como sempre ocorre, muitos municípios terão que adequar seus orçamentos para pagar o novo piso dos professores. Não seria melhor federalizar a carreira de magistério e passar toda a responsabilidade para o Governo Federal e deixar para os Governos Municipais apenas a construção e manutenção das Escolas? Não seria a ora de desatrelar a atual legislação vigente determinando a correção do piso nacional à variação anual mínimo por aluno definido pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica da Valorização dos Profissionais de Educação – Fundeb e buscar uma outra forma de correção, porque a atual forma, é uma vergonha!
Enquanto os Estados e Municípios procuram se adequar para pagar esse vergonhoso reajuste concedido aos professores, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), discutem e se curvam impiedosamente ao Ministro Cid Gomes para ver se conseguem reverter o atual valor do piso salarial de uma categoria que é responsável pelo surgimento de todas as outras!
Lamentável que a antes honrada e prestigiada classe de professores venham perdendo seu prestígio e sua capacidade de repassar conhecimentos, professando a fé em uma educação de qualidade, “desfilando suas dores nas ruas, em passeatas de protestos contra os baixos salários, péssimas escolas, desvios de verbas e ainda acreditando que a verdadeira missão de um professor continue sendo a de ”professar alguma coisa”, mesmo que não os escutem, como afirmei na crônica PROFESSOR, publicada no link carloscostajornalismo.blogspot.com/2013110, professor.html