SABIAM DO BATE PAU?
O CAIPIRA E OS BATE PAUS
Houve um tempo que a segurança pública era levada a sério pelas autoridades detentoras do poder, e até os pequenos povoados tinham seu contingente militar, denominado como destacamento policial. Inclusive com um delegado no seu comando, o qual poderia ser um civil idôneo, nomeado pelo órgão competente responsável pela segurança da localidade em questão. Assim que um povoado era elevado à categoria de vila, e passava a ser distrito de seu município de origem, tinha seus direitos assegurados, criando sua delegacia, seu cartório de registro civil, e tantos outros benefícios, como educação, e etc.
Se por motivos de força maior, num caso de uma revolução qualquer, por exemplo, os policiais tivessem de ser recolhidos ao seu batalhão, nomeavam-se civis para substituí-los, durante o período de ausência, até que os mesmos fossem liberados, retornando aos seus postos.
Escolhiam pessoas mais destemidas, e com personalidades fortes para desempenhar o papel do soldado ausente, caso fosse necessário efetuar uma prisão por um dolo grave violando a lei. Designado para o cargo papel, o elemento recebia o nome de: ( bate pau) nome curioso, e que não consta, em nenhum dicionário, creio eu.
Essa era uma medida talvez até desnecessária para aquela época, em que a cultura repassada por nossos ascendentes, dispensava tantos cuidados. Pela moral e ética, gerida com paz vivenciada por essa geração que não tinha por que se preocupar, com a violência inexistente. Mas, que hoje rouba nossa tranquilidade.
No meu tempo de criança tínhamos um delegado um cabo e dois soldados, que residiam aqui em nosso distrito, e que vinte e quatro horas por dia, mantinham a ordem e nos davam segurança. Aos poucos fomos perdendo tudo, os policiais se foram. Passaram a nos assistir em horários limitados, mas mesmo assim mantinham aqui o posto policial, de repente receberam ordens superiores para desativá-lo. E com isso o nosso direito a segurança constituído por lei, foi aos poucos desaparecendo, ficamos a ver navios como diz o ditado. Foi-se a nossa tranquilidade, restando-nos apenas rezar e passar as noites sem dormir com a desordem musical dos carros de som que chegam a tremer as estruturas de nossas casas. E se a gente liga para policia, recebemos apenas uma educada resposta:
- sinto muito, não há como atender, mas as viaturas estão todas empenhadas!
O CAIPIRA E OS BATE PAUS
Houve um tempo que a segurança pública era levada a sério pelas autoridades detentoras do poder, e até os pequenos povoados tinham seu contingente militar, denominado como destacamento policial. Inclusive com um delegado no seu comando, o qual poderia ser um civil idôneo, nomeado pelo órgão competente responsável pela segurança da localidade em questão. Assim que um povoado era elevado à categoria de vila, e passava a ser distrito de seu município de origem, tinha seus direitos assegurados, criando sua delegacia, seu cartório de registro civil, e tantos outros benefícios, como educação, e etc.
Se por motivos de força maior, num caso de uma revolução qualquer, por exemplo, os policiais tivessem de ser recolhidos ao seu batalhão, nomeavam-se civis para substituí-los, durante o período de ausência, até que os mesmos fossem liberados, retornando aos seus postos.
Escolhiam pessoas mais destemidas, e com personalidades fortes para desempenhar o papel do soldado ausente, caso fosse necessário efetuar uma prisão por um dolo grave violando a lei. Designado para o cargo papel, o elemento recebia o nome de: ( bate pau) nome curioso, e que não consta, em nenhum dicionário, creio eu.
Essa era uma medida talvez até desnecessária para aquela época, em que a cultura repassada por nossos ascendentes, dispensava tantos cuidados. Pela moral e ética, gerida com paz vivenciada por essa geração que não tinha por que se preocupar, com a violência inexistente. Mas, que hoje rouba nossa tranquilidade.
No meu tempo de criança tínhamos um delegado um cabo e dois soldados, que residiam aqui em nosso distrito, e que vinte e quatro horas por dia, mantinham a ordem e nos davam segurança. Aos poucos fomos perdendo tudo, os policiais se foram. Passaram a nos assistir em horários limitados, mas mesmo assim mantinham aqui o posto policial, de repente receberam ordens superiores para desativá-lo. E com isso o nosso direito a segurança constituído por lei, foi aos poucos desaparecendo, ficamos a ver navios como diz o ditado. Foi-se a nossa tranquilidade, restando-nos apenas rezar e passar as noites sem dormir com a desordem musical dos carros de som que chegam a tremer as estruturas de nossas casas. E se a gente liga para policia, recebemos apenas uma educada resposta:
- sinto muito, não há como atender, mas as viaturas estão todas empenhadas!