Crônicas Suburbanas

Numa cidade onde pessoas simplesmente não vivem

Procuro ser um que faz algo a mais do que existir

Talvez por saber que todos aqui só existem

Me fazem pensar e optar por resistir

Vivo a andar por diferentes estradas

Ruas sem saída e até becos escuros

A mente do homem que do passado é ocupada

Logicamente não merece ter um futuro

Sou um zé ninguém da rua blindado por poesia

Aceitando a rejeição diante da minha filosofia

Saúde pros meus, não tô aqui pra fazer média

Faço parte desse mundo, por mais que seja uma tragédia

Se eu me defino, eu me limito, se eu perco, não me irrito

Eu crio, concilio, arrepio o distintivo

Eu choro, eu rio, eu grito, sem incentivo

Não existo, persisto.. ou seja, eu vivo..

Rafael Toledo
Enviado por Rafael Toledo em 07/01/2015
Código do texto: T5094123
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