Crônicas Suburbanas
Numa cidade onde pessoas simplesmente não vivem
Procuro ser um que faz algo a mais do que existir
Talvez por saber que todos aqui só existem
Me fazem pensar e optar por resistir
Vivo a andar por diferentes estradas
Ruas sem saída e até becos escuros
A mente do homem que do passado é ocupada
Logicamente não merece ter um futuro
Sou um zé ninguém da rua blindado por poesia
Aceitando a rejeição diante da minha filosofia
Saúde pros meus, não tô aqui pra fazer média
Faço parte desse mundo, por mais que seja uma tragédia
Se eu me defino, eu me limito, se eu perco, não me irrito
Eu crio, concilio, arrepio o distintivo
Eu choro, eu rio, eu grito, sem incentivo
Não existo, persisto.. ou seja, eu vivo..