Elites e o ódio de um Brasil que antes era escrito com Z e não com S
A grande diferença entre os governos PSDB e PT, principalmente no que tange a questões de identidade e relação estabelecida internacional é a discussão internacional.
Ao longo de muitas décadas o Brasil foi um país esquecido internacionalmente. Nada além de uma república corrupta e analfabeta, de grande projeção em riquezas naturais, mas sobre domínio político e ideológico estadunidense.
Sejamos sinceros ao lembrar episódios tristes da nossa história, quando o ex presidente Fernando Henrique pedia permissão a Inglaterra e Estados Unidos para alguma tomada de decisão. A discussão de autonomia e independência surgia para o mercado, mas nunca para a Soberania Nacional.
Nos últimos doze anos, poderia enumerar profundas diferenças em relação a cultura e a discussão de estado. Porem é necessário ao menos três episódios para marcar tais diferenças, estes perpassam a economia, cultura e posição política internacional.
Pensar que as empresas brasileiras, reféns da moda estrangeira e de uma pequena elite, foi promovida internacionalmente com apoio do governo brasileiro. A engenharia, como exemplo, tem financiamento do BNDES, que antes não se tinha, para financiar obras brasileiras em especial na América Latina e África. Tal iniciativa não apenas gerou divisas ao Brasil, como revolucionou a tecnologia e a criação de empregos brasileiros em vários cantos do mundo.
No âmbito da Cultura, o reconhecimento de um país Latino Americano a si mesmo, bem como o processo de valorização do turismo sul americano e caribenho foi uma das grandes marcas do Brasil. Não apenas no eixo turismo de férias, mas do turismo de negócios e do turismo da educação. Muito além do ciências sem fronteiras, programa criado no Governo Petista, as relações internacionais no que tange a Ciência, Cultura e Relações Internacionais cresceram quase que do Zero e trazem o Brasil no topo da integração internacional. Nunca houveram tantas discussões no âmbito das Políticas Sociais e suas perspectivas internacionais, bem como integrações na discussão sobre culinária africana e latina.
As posições políticas do Brasil, seja nos organismos internacionais ou mesmo na cooperação internacional é destacável. A relação política com a África que nunca havia saído do papel mudou, o Brasil passa a ter como seu maior parceiro comercial a China e não mais os Estados Unidos, além do BRINCS que integra uma nova condição de financiamento e desenvolvimento dos países que antes dependiam do Banco Mundial e sua cartilha liberal.
Questões como o reconhecimento do território palestino, a discussão sobre uma intervenção realmente humanitária que acontece hoje no Haiti e a posição do Brasil frente a voz dos excluídos, que superaram o mapa da fome da ONU/PNUD, mas não deixam de ter posição contra os ataques imperialistas.
Apenas um país que possam manter a soberania e compreender que América Latina é um importante eixo da luta contra o imperialismo pode ser chamado de uma país do futuro. Contrário disso será o repetido discurso contra Cuba e a submissão ao governo Norte Americano.
Não sinto saudades de um governo que assinava o Brasil com Z e não com S.