A corda
Neste que é o mês de outubro, bem que poderia lhes dissertar sobre ela que é um marco na história de fé, de um povo que é destaque no norte, por suas comidas, ritmos e danças, devoção e crença. A corda que uni ricos e pobres em uma caminhada regada por sol e chuva pelas ruas da capital do Pará, é mais que um objeto comum. Porém não é a corda do Círio de Nossa Senhora de Nazaré que cativa e seduz José, Maria, Emilio e João, o grito que desejo dissertar.
Poderia até narrar um hábito comum, aos que se esmeram com labor durante um dia de trabalho, seja de calor ou frio, e quando o físico solicita descanso nem mesmo desfruta de todas as fases do sono rem o despontar do sol lhe diz - acorda para um novo jornada de esmero, se é que deseja o pão nosso de cada dia. Porém, não é esse acorda que desejo gritar.
Mesmo sem ritmo, em um descompasso nada erudito, o grito é grito, já a corda não é acorde nessa nota, se a nota fosse música nesse acorde, anota seria a música, a corda, então você ouviria uma nota que lhe acordaria com essa música, mas uma musica não é o grito e o grito é acorda.
Mas se tu não vives em um paraíso, nem estais no inferno, e nem sabe de onde vem tantos capetas nem mesmo onde anda os anjos. Como não és santo, aliás, eles só são canonizados depois de serem defuntos, já que estais bem vivo quem sabe desvendará meu grito, “acorda!”, em meio a tanto zunido, alguns sem sentido e uns bem despretensiosos, mas vem e ti aliena e não permite que compreendas como terce a corda.
A corda é tecida para resistir determinada quantidade de peso e meu peso é peso de cabrito, cabreiro que só eu, escolhe uma que não arrebentou com o peso que sou, então já levantei depois que acordei. Pois a bíblia diz – Levanta e anda. Também diz- acorda desta indolência. Que ou quem evita esforço, trabalho; ou seja, o preguiçoso. Só depois de acordar você vai levantar, andar e estudar, então sua vida vai melhorar, até meu grito irás compreender. Assim, tudo que tenho pra lhes dizer é acorda.