O FRIO DA MANHÃ (crônica)
Acordei acometido de uma leve preguiça, diferentemente dos outros dias, até estranhei querer ficar mais um pouco na cama. A manhã não tinha sol, fazia um friozinho gostoso e isso me aquietou no quarto. Eu tenho o costume de levantar cedo, chova ou faça sol, tomar o café da manhã e ganhar a rua, mas consegui dominar esse desejo, fiquei na cama.
De nada adiantou esse meu pensamento, resolvi sair assim mesmo quando vi que a chuva enfraqueceu. Após a primeira refeição peguei o guarda-chuva e lá fui eu dar uma volta pela cidade, ver se tinha alguma coisa diferente. Comecei a andar sem rumo e esperar que as horas passassem, como sempre fazia. Depois de algum tempo retornei e me lembrei da minha caminha bem quentinha, dessa manhã que ainda não tinha acabado e pensei: quem sabe amanhã eu resolva mesmo ficar e curtir o frio gostoso de uma manhã de chuva, sem o sol.
Leia também:
O FRIO DA MANHÃ (acróstico)
O FRIO DA MANHÃ (poema)