O RETORNO AO FACEBOOK DE UMA IMIGRANTE NORDESTINA
“A distância social mais espantosa no Brasil é a que separa e opõe os pobres dos ricos. A ela se soma, porém, a discriminação que pesa sobre negros, mulatos e índios, sobretudo os primeiros” (DARCY RIBEIRO).
Como meus amigos do FACEBOOK devem ter percebido, eu tinha deixado esse importante meio de comunicação e entretenimento. Tal atitude foi provocada pelos incessantes ataques nessa rede por pessoas inescrupulosas a pessoas pobres, negras e especialmente aos nordestinos.
Tudo isso porque essa parte da população brasileira optou no último pleito em votar em Dilma. Não reconheceu esses pretensos donos da verdade, o sagrado direito de escolha, devidamente sacramentado na constituição. Minha indignação foi maior, considerando que sou nordestina oriunda do interior de Pernambuco e tenho muito orgulho de minhas origens.
Eu, como muitos brasileiros, saí de minha terra natal em busca de novos horizontes. Assim presenciei de perto, a pobreza e o sofrimento que assolava o povo dessa região. Hoje, ao contrário, o Norte e Nordeste do Brasil, não convivem mais a situação desesperadora de outrora. Lula e Dilma com seus projetos sociais tiraram da miséria milhões de brasileiros, principalmente nordestinos e nortistas.
Não estou faltando com a verdade, basta uma rápida consulta no IBGE para confirmar a veracidade constatada por essas afirmações. Esse importante instituto de pesquisa mostra em seu site que mais de 22 milhões de brasileiros saíram da miséria e hoje desfruta de uma vida digna. Para tanto, vivemos agora num país que convive com taxas de desemprego menores do que a Europa e Estados Unidos. Frutos principalmente dos investimentos feitos na construção civil e na área social, tudo isso elevou o salário mínimo real três vezes mais do que o praticado anteriormente pelo governo do PSDB. Programas como PROUNI, LUZ PARA TODOS, BOLSA FAMÍLIA entre outros explicam as razões que eu e outros milhões de brasileiros optamos pelo PT.
Daí, esse traço xenófobo de uma pequena parcela da população que tenta humilhar os mais humildes, dizendo que o povo pobre não sabe votar não passa de uma falácia que não resiste a um raciocínio lógico. Certamente, o meu retorno me renderá muito desconforto, dado a virulência e ignorância de alguns. Todavia, não posso esquecer quem sou. Logo, não posso e não devo abandonar essa luta!