A VIDA ENSINA PELAS ESQUINAS
Humor
Humor
O sinal de trânsito daquela esquina sempre fechava quando eu me aproximava com o carro.
E lá vinha aquele homem com as pernas secas e suas muletas de aluminio me pedir dinheiro.
Eu não abria os vidros, ele batia com uma muleta no carro.
Eu abria os vidros , ele ficava falando umas coisas sem nexo e eu com cara de abestado.
E assim ficávamos até o sinal abrir.
Liberado, seguia meu caminho e, pelo retrovisor o via esbravejando porque não teve sucesso comigo.
Durante seis anos nos dias úteis à tarde protagonizávamos esta cena.
Por fim, quando ele me via começava a rir e vinha em minha direção.
Eu também ria balançando negativamente com a cabeça.
No último dia em que passaria por aquela esquina, o sinal se fechou e ele estava sentado no meio fio com as muletas ao seu lado.
Parece que estava muito cansado.
Saí do carro, peguei uma de suas muletas, a coloquei dentro do carro e fui embora..
Lá ficou ele esbravejando mias ainda.
Dei a volta no quarteirão e devolvi a muleta subtraida.
Ficou ele lá de boca aberta não entendendo nada.
Anos mais tarde o encontrei em outra esquina.
Quando nos vimos começamos a rir demais.
Não aguentei.
Desci do carro e lhe dei um grande abraço.
Foi bom sentir que o nosso humor continuava o mesmo.
E lá vinha aquele homem com as pernas secas e suas muletas de aluminio me pedir dinheiro.
Eu não abria os vidros, ele batia com uma muleta no carro.
Eu abria os vidros , ele ficava falando umas coisas sem nexo e eu com cara de abestado.
E assim ficávamos até o sinal abrir.
Liberado, seguia meu caminho e, pelo retrovisor o via esbravejando porque não teve sucesso comigo.
Durante seis anos nos dias úteis à tarde protagonizávamos esta cena.
Por fim, quando ele me via começava a rir e vinha em minha direção.
Eu também ria balançando negativamente com a cabeça.
No último dia em que passaria por aquela esquina, o sinal se fechou e ele estava sentado no meio fio com as muletas ao seu lado.
Parece que estava muito cansado.
Saí do carro, peguei uma de suas muletas, a coloquei dentro do carro e fui embora..
Lá ficou ele esbravejando mias ainda.
Dei a volta no quarteirão e devolvi a muleta subtraida.
Ficou ele lá de boca aberta não entendendo nada.
Anos mais tarde o encontrei em outra esquina.
Quando nos vimos começamos a rir demais.
Não aguentei.
Desci do carro e lhe dei um grande abraço.
Foi bom sentir que o nosso humor continuava o mesmo.