Os Croumers.

Morávamos em uma cidade grande com muitos carros, muito movimento, muita gente e muita luz.

Eu fazia parte de um grupo de parkour, ele se chamava Cheinis, nós pulávamos de prédio em prédio e sempre nos metíamos em confusões com outros grupos.

O nosso maior rival era o Rarquer, eles sempre tentavam nos desanimar, mas sempre erguíamos a cabeça. Eles acabaram não sendo nosso maior problema. Pois o que aconteceu foi ruim até para eles.

Estávamos em uma aventura com nossas famílias, saltávamos de cima dos

prédios com um paraquedas, e, quando chegou a minha vez, eu saltei e caí num buraco e agradeço muito por isso ter acontecido. No buraco encontrei um nerd, ele estava dizendo:

-Ataque de Croumers em 37 segundos, 36, 35...

Então eu levei um susto, alguma coisa grande e dura como pedra cobriu o buraco, ficou ali por um minuto e saiu.

Eu estava assustada, mas com coragem de ver o que estava acontecendo lá fora. Ergui a cabeça e saí do buraco. Não havia mais cidade grande, era só mato e banhado, como um pântano. O nerd então, por sua vez, explicou o que eram aquelas criaturas grandes de 2 a 3 metros de comprimento, garras grandes, textura dura e cinza esverdeada, como lagartos gigantes, mas ferozes e rápidos, com dentes finos e bem afiados, que chegavam a ter de 7 a 25 centímetros de comprimento e pareciam não ter um ponto fraco.

Passaram-se dias e aquelas criaturas não iam embora.

Se pisássemos na água, era como chamar a morte. Os Croumers atacavam na hora. Então tivemos que inventar arames, como cordas bambas, para passar por cima da água. Era difícil pensar o que fazer com apenas seiscentas pessoas na Terra e dois bilhões de Croumers nos atacando.

Mas sempre existe uma alma abençoada, o nerd é claro.

Existiam exatamente dois bilhões cento e dez flechas para matar aqueles animais insuportáveis. E é claro que nós conseguimos pegar as flechas e fomos matando os Croumers.

Era estranho, quando uma pessoa ou um Croumer morria, o cadáver não ficava na Terra, nem o sangue, nem nada, eles iam igual almas para o céu.

No final do ataque, tinham sobrado apenas cinco pessoas: eu, o nerd e outras três, além de dois Croumers e uma flecha.

Eu fui encarregada de matar os dois Croumers, mas eu errei a flechada, ela bateu em uma árvore, voltou e passou pela barriga dos dois Croumers.

Eles nunca mais voltaram para a Terra.

Achei muito bom tudo isso ter acabado. As pessoas que morreram no ataque voltaram para a Terra e o pântano não existia mais. Em duas ou três semanas a cidade grande havia voltado ao normal.

Eu aterrissei em terra firme e dessa vez não aconteceu nada de errado.

Kai Czornei
Enviado por Kai Czornei em 02/09/2014
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