FUNCIONÁRIO FANTASMA X FUN CIONÁRIO FANTASIA

“Funcionário fantasma”, todos sabem, é um câncer arraigado na máquina pública brasileira, ferindo princípios básicos constitucionais, além, é claro, ser uma afronta à moralidade e à eficiência do serviço público.

O “funcionário fantasma”, no entanto, em cidades de pequeno porte, onde todo mundo sabe da vida de todo mundo, não é tão “invisível” assim; basta seguir o caminho da observância e veremos o “rastro” do fantasma pela constante ausência na repartição para aonde foi designado, em ato publicado em jornal oficial, à disposição da sociedade.

Pipoca entre nós, vez em quando, casos bombásticos desses fantasmas assombrando as pessoas de bem que sobrevivem à custa do próprio suor, e, assistem, indignados, à usurpação do erário público pelos vagabundos de plantão, campeando, na maioria das vezes, aos olhos do cidadão comum, a injustiça, pela falta de punição exemplar.

Existe, no entanto, outra figura, tão perniciosa quanto do “funcionário fantasma”, bem mais difícil de ser desmascarada, e, por causa disso, muito mais comum; “o funcionário fantasia”. É isso mesmo: Funcionário Fantasia!

FUNCIONÁRIO FANTASIA... O próprio apelido diz: É fantasia... Pura decoração... Feito bibelô, só enfeita. O critério para a sua escolha não é a competência, nem a qualificação específica para desempenhar determinado trabalho; é simplesmente interesse pessoal, de quem nomeia e de quem é nomeado. O objetivo almejado, tal qual o funcionário fantasma, é a sangria dos cofres públicos sem a contrapartida do serviço pelo qual o município, estado ou federação está pagando.

“O funcionário fantasma” não existe fisicamente no local de trabalho, está só no papel, e felizmente são poucos, pelo menos é o parece em minha terra. Já, o “funcionário FANTASIA” está ali, na sua frente, sorridente, mas acrescenta nadica de nada ao trabalho do político que o nomeou, e, muito menos tem condições intelectuais de dar qualquer respaldo às reivindicações do cidadão que precisa do serviço público. Infelizmente estes são muitos.

É só observar com atenção, caro leitor, e certamente irá descobrir um “funcionário fantasia” vivendo pacificamente em repartições públicas que você visitar, sem ser molestado, e seu “padrinho” não correndo o risco de ser cassado!

OSWALDO DE SOUZA
Enviado por OSWALDO DE SOUZA em 16/08/2014
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