O LADO SINGELO DA MINHA METADE.

Aprendi a viajar na luz da lua, estar imaginativo e mais perto do sol sem explodir em vaidades. Sigo tentando proteger o meu quebra cabeças, já vazio de palavras compreensíveis, em todos os sentidos de vontades intraduzíveis, onde as lembranças continuam acesas, excluídas da escuridão de motivos amplificados dentro de mim.

Assim, estou sempre no paralelo, vivendo no outro lado singelo da minha metade, como um espelho olhando em volta, onde vejo a verdade que tento coligir, em algum lugar do teu olhar, e o espaço que ficou a refletir dentro do teu coração, como dois reflexos em uma ligação, até amainar, todas as ondas em sintonia, e os ventos mentais que me recarregam de harmonia.

Procuro sempre refinar as expressividades dos meus sentimentos, que eu fomento no movimento, só para elevar os meus feéricos pensamentos, e que me alimento das ideias, visões e possibilidades. Sei que sou icástico no meu estado de inspiração, quando sou parte dessa concentração, da inteligência mental invisível onde é absorvida, e criada pela luz, que vem frangir os meus propósitos de não me tornar insóbrio, e apenas me abster dos pedaços tirados, e largados dos relacionamentos passados, e nem vou me enclausurar numa montanha ermida, e viver em cenóbio.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 14/08/2014
Reeditado em 09/12/2017
Código do texto: T4921937
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