É MELHOR SER DO QUE PARECER
Quinta Feira, 17 de Julho de 2014
É MELHOR SER DO QUE PARECER
Esta semana estou às voltas com burocracia. Estou tratando de documentação junto ao Detran. E não é mole, não, essa empreitada. Chega a tirar-me do sério. Isto porque não tolero de jeito nenhum essa exigência de xerox e documentos desnecessários, a autenticação, por exemplo, haja vista que tenho carro há mais de trinta anos, já tendo o meu cadastro nesse órgão desde lá.
Mas sempre nos é exigida uma massaroca de papel, coisa pra lá de repetida. E olhem que o Ministro Hélio Beltrão, lá pelos idos de 1979, determinou a desburocratização na área pública neste país. Mas parece que isso só funcionou até 1986.
A tal de autenticação de documentos é um transtorno da vida do cidadão. E uma despesa, também. Mas não deixa de ser um tremendo contrassenso. Mas parece que o brasileiro herdou esta herança de Portugal e não quer se desligar dela de jeito nenhum.
Por outro lado, faço parte do rol de pessoas que se tratam nas tais de Clínica da Família. Tais órgãos são de gestão municipal. Mas todas as vezes que entro lá, sinto um deslocamento inexplicável. Isto porque observo alguns pormenores que passam despercebidos pela maioria dos que ali vão. Até porque essa gente é formada por pessoas oriundas das ditas "comunidades".
E cabe, de imediato, uma explicação por destacar tal detalhe, pelo simples fato de que as pessoas mais humildes, quase sempre não conseguem se manifestar pelas coisas erradas ou equivocadas com as quais cruzam na vida. O atendimento lá não é perfeito, até muito pelo contrário, haja vista que há uma deficiência de profissionais no atendimento, prejudicando a vida dos pacientes que lá se tratam.
E sempre que apresento uma reclamação junto aos funcionários deste órgão, ouço a mesma desculpa. Eles nunca admitem suas deficiências profissionais, colocando a culpa na prefeitura e no prefeito. Assim fica fácil. Mas há a necessidade de que as pessoas que ali trabalham, coloquem-se, nem que seja por alguns minutos, na pele daqueles que ali vão em busca de atendimento médico. Mas, sei, isso é pedir demais em se tratando de servidores públicos brasileiros.
E numa das vezes que reclamei com a responsável pelo órgão, esta tentou convencer-me de que a estrutura ali desenvolvida é perfeita. Pura brincadeira, diria eu. A metodologia empregada ali para atendimento das pessoas não passa perto da real necessidade de atendimento dessas. Isto porque foi determinado um número máximo de atendimento diário, onde se vê claramente que tal número está muito abaixo daquilo que o povo quer e precisa.
Mas nesses últimos tempos observa-se no país um certo golpe contra seu povo. E a referência aqui tem a ver com os tais de "agendamento". E num outro artigo neste espaço já foi abordada tal questão. Tal ideia, a princípio, dá a impressão de tal formato ser um tremendo de um engôdo. Isto porque não há como se chegar à conclusão se os cálculos dessa metodologia cobrem a necessidade daquilo que o povo precisa.
O pensamento desse autor a respeito dessa questão é o seguinte: O brasileiro anda se achando, seja lá o que isso queira dizer, mas todos o sabem, no sentido de que já alcançamos níveis desenvolvidos de outros países. Mas a realidade é muito outra. E essa mentalidade apressada, digamos, talvez seja uma das razões para a nossa presente deficiência.
Seria bom que as pessoas nesses país buscassem agir dentro daquela afirmação que diz: "fazer o feijão com arroz". Ou seja: trabalhar com simplicidade, mas com a suficiência e a eficiência necessárias para alcançar padrões de excelência, sem contudo criar aparências falsas ou fantasiosas, que é o que anda acontecendo por aqui.