* Bélgica e EUA protagonizaram uma das partidas mais empolgantes da Copa.
 
O empate sem gols exigiu a prorrogação quando, no primeiro tempo, a Bélgica marcou duas vezes e parecia definir a vitória com facilidade.
Iniciando o segundo tempo da prorrogação, porém, os EUA logo fizeram um gol e tiveram a chance de empatar.
Quem assistia passou a desejar o empate, pois a incrível disposição e entrega das equipes fascinaram demais.
 
No final o melhor futebol da seleção belga prevaleceu.
 
Esse jogo ocorreu na Fonte Nova das emoções.
 
Comandando as equipes, os EUA contaram com o carismático alemão Klinsmann e a Bélgica teve o também simpático Wilmots.
Eles, através de uma cena mágica, sugeriram a inspiração desse texto.
 
Antes de começar o jogo, os dois técnicos se cumprimentaram revelando carinho e amizade.
No término voltaram a conversar com espontaneidade.
 
* Trinta minutos do segundo tempo, eu observei os dois treinadores se aproximando e batendo um papo bacana.
Faltavam quinze minutos, haveria a prorrogação, nada motivaria uma conversa entre os técnicos naquela situação.
Afinal de contas, as seleções precisavam deles. Era necessário orientar, explicar uma ou outra coisa, guiar os jogadores nesse instante tenso.
Seguir na competição dependia dos dois...
 
Apesar desses detalhes, do momento, da expectativa, durante cerca de um minuto, eles papearam, com as mãos unidas, sorridentes e gentis.
 
O que diziam?
_ Amigo, parece que vamos encarar uma prorrogação!
_ É, não está nada fácil, cara!
 
O que falaram perde a importância analisando o encanto do gesto.
 
* Sempre declaram que o espírito esportivo precisa prevalecer.
A FIFA tenta fazer que exista o “jogo limpo”.
 
Klinsmann e Vilmots não ligam para as formalidades.
Eles não seguem rituais ou regras que tentam impor a civilidade.
 
Os dois possuem a verdadeira essência do esporte nos corações.
Não é necessário pedir, os versos da cortesia e elegância conduzem as almas tão valorosas dos brilhantes técnicos.
 
* Terminando a partida, Klinsmann não perdeu.
Ele apenas foi eliminado da disputa.
 
Perde o nosso egoísmo.
Perdeu quem viu mais do que uma festa envolvendo o futebol.
Foram derrotados os torcedores agressivos e os homens violentos.
Sofreram uma terrível derrota as pessoas as quais não sorriram depois do apito final.
 
Eles dois, não!
Klinsmanns e Wilmots somente venceram!
Vencedores, heróis da paz, merecem todos os aplausos!
 
Com os melhores professores muito aprendi.
Essa preciosa lição eu prometo jamais esquecer!
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 02/07/2014
Reeditado em 03/07/2014
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