* Estádio lotado, o país das misturas abre a Copa, a emoção toma conta de brancos e negros...
Um momento, por favor!
Cadê os negros?
 
Viajo com os meus olhos, a revoltante constatação!
Não há negros!
 
Como pode? Onde eles estão?
Após a escravidão infame, eles foram compor as prisões, os guetos, os becos imundos, as calçadas sujas nas quais tentam dormir...
Uma minoria conseguiu vencer a vil barreira da exclusão e hoje pode comprar um caro ingresso para assistir a Copa.
 
* No dia seguinte, sorridente vi Camarões entrar em campo trazendo a África, os injustiçados, os pobres, enfim, representando os guerreiros os quais pedem apenas dignidade e respeito.
 
Começa a partida, algo parece estar diferente.
A garra e grande determinação dos Leões Indomáveis vacila.
 
O México segue melhor, faz dois gols mal anulados, impõe um estilo de jogo que convence e vence a partida ressaltando superioridade.
África, injustiçados, pobres, guerreiros não poderão ter o forte clamor satisfeito pela querida equipe dos Camarões.
 
Veio ao Brasil um grupo o qual quase não veio.
O espírito mercenário fez os prêmios ganharem maior importância.
 
Somente no último instante eles decidiram vir.
O ato soou como uma espécie de favor.
 
* Ganhar a Copa nenhum jogador sonhou nem almejou.
 
Vingar os humilhados da História jamais essa equipe faria.
Talvez as seleções africanas irmãs ousem mais na competição.
Quanto a Camarões, uma frase esclarece bem a triste verdade:
 
O Leão ficou manso!
 
Um abraço!

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Nesses dias de Copa há muita coisa que preciso dizer.
Hoje vocês encontrarão dois textos, o Tico e o Teco.
Vocês leram acima o Tico.
Agora é só clicar e conferir o Teco! Obrigado!

http://www.recantodasletras.com.br/homenagens/4844130

 
Ilmar
Enviado por Ilmar em 14/06/2014
Reeditado em 14/06/2014
Código do texto: T4844128
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