AS FESTIVIDADES ESCOLARES - UMA REFLEXÃO
AS FESTIVIDADES ESCOLARES : UMA REFLEXÃO
“O principal objetivo da Educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram.” (Jean Piaget)
“A tarefa do professor é preparar motivações para atividades culturais, num ambiente previamente organizado, e depois se abster de interferir” (Maria Montessori)
O educador sabe o quanto é importante a participação dos pais no acompanhamento do desempenho escolar do filho. Essa participação de forma direta e continua conduz a resultados positivos.
É importante conversar com o filho sobre o que acontece na escola, tomar conhecimento e ajuda-lo nas tarefas diárias, criar hábitos de estudo, disciplina nos afazeres e horários.
Importante também é a presença constante dos pais na escola para conhecer o processo pedagógico, o ambiente que o filho vive uma parte de sua vida; acompanhar o seu desenvolvimento sociocultural. Não convém esperar que a escola solicite a sua presença como recurso para solucionar problemas ou apenas comparecer nos eventos festivos. A interação entre família e escola é fundamental na realização dos objetivos educacionais.
“Escola e família têm um elo muito forte. Quando chamamos os pais e eles não vêm, esse elo é quebrado. Sabemos que alguns não comparecem porque não podem, mas é um compromisso da família. É importante que o jovem veja o pai ou a mãe na escola. Às vezes, os adolescentes acham isso um ‘mico’, mas no fundo eles gostam. Eu nunca perdi uma reunião de pais na escola do meu filho. Sempre olhei os cadernos e os boletins dele. Fui criada assim. Quando dizia que queria brinquedos, meu pai respondia que primeiro ia olhar meus livros”, conta a doutora em educação Libânia Nacif Xavier ( PUC/RJ).
Daí a reflexão: A participação da família nas festas escolares!
As intenções são boas; são momentos de confraternização entre as famílias, entre os alunos, mas é preciso repensar alguns aspectos socioculturais, religiosos de todos que a frequentam.
Fala-se muito em educação inclusiva, mas esta deve acontecer em todos os casos e não apenas sobre os alunos que necessitam de atendimentos especiais.
As datas festivas devem fazer parte do currículo escolar, associadas às disciplinas como as datas cívicas, religiosas, politicas, independente da linha de trabalho da escola.
A própria sociedade cobra a valorização destas datas no contexto escolar, mas estas datas podem ser lembradas através de uma aula, uma palestra, uma representação teatral, musical, sem necessariamente ter a participação da família.
No dia 15 de maio comemora-se o Dia Internacional da Família e o Ministério da Educação do Brasil instituiu o dia 24 de abril como o Dia Da família na escola com o objetivo de sensibilizar a sociedade sobre a importância da parceria entre escola e família.
Por que não aproveitar uma dessas datas, concentrando as demais datas comemorativas como Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Avós e promover a interação entre família e escola?
Situações desagradáveis e constrangedoras seriam evitadas. É preciso repensar na diversidade da família moderna.
São famílias com pais separados, são famílias formadas por casais gays, são famílias com ausência do pai ou da mãe por motivo de morte, de abandono, de impedimentos diversos como trabalho, viagem; enfim, as crianças não podem ficar expostas a situações que poderão interferir no seu psicológico.
Concluindo: festividades escolares devem acontecer na escola como um momento de recreação ou de finalização de um projeto didático com a certeza de que a educação é a maior ferramenta para o crescimento da sociedade. Esta reflexão representa uma contribuição, para de alguma forma evitar situações constrangedoras para seres em formação como a criança.
Em 13 de maio de 2014
GSpínola