Não atire pedras, distribua flores
Um dia após o outro, pilotando a locomotiva do tempo, vamos observando da janela dessa máquina e pintando inúmeros quadros, numa moldura chamada vida.
Vivenciamos, observamos e ouvimos fatos do cotidiano das pessoas.
Todas sem exceção vivem relações de conflitos consigo mesmas, embora atribuam aos outros a maior parte dos seus medos, dos seus incômodos.
A complexidade da relação interpessoal vem dos primórdios, desde um tempo chamado “ante civilizado”, onde existiam os fortes e os fracos, os que mandavam e os que obedeciam.
Hoje, em plena civilização, mudou alguma coisa? O comportamento humano sofreu alguma alteração ao longo desse tempo? Nada ou quase nada.
As pessoas carregam no trem da vida os mafuás acumulados ao longo de todo o seu trajeto, vão repassando suas cargas às outras pessoas e essas às outras e assim prossegue a puxar comboios abarrotados de angústias, ódios, sofrimentos, doenças, mau humor, desavenças entre outras tantas tralhas da vida.
A convivência entre pessoas, por menor que seja o tempo, sugere acertos e erros, mas concebem-se ganhos imensuráveis. Aprendemos a cada minuto de convivência, só não tira ganhos do relacionamento quem não quer ou não se esforça para isso.
Viver um relacionamento, seja entre marido e mulher, entre pais e filhos, entre irmãos, entre amigos, entre colegas, sugere aceitação de regras, abdicação do individualismo e imensa doação de paciência. Não há lugar para o egoísmo, o auto centrismo, a quem vive uma relação interpessoal.
Os conflitos existenciais persistirão, cabe a cada um redirecioná-los e domá-los.
Uma relação pode durar um instante ou uma vida inteira, seja qual for o seu tempo há perdas e ganhos, a grande dificuldade é saber canalizar o aproveitável e descartar o dispensável. Não é o tempo que determina se uma relação deu certa ou não, mas a qualidade na escolha desse aproveitável e no descarte do dispensável, por cada indivíduo dessa relação.
Que não se busque atirar pedras, quando se pode e deve enviar flores. O perfume das flores deixado em nossas mãos é bem mais suportável do que os arranhões dessas pedras.
Rio, 19/05/2014
Feitosa dos Santos
Um dia após o outro, pilotando a locomotiva do tempo, vamos observando da janela dessa máquina e pintando inúmeros quadros, numa moldura chamada vida.
Vivenciamos, observamos e ouvimos fatos do cotidiano das pessoas.
Todas sem exceção vivem relações de conflitos consigo mesmas, embora atribuam aos outros a maior parte dos seus medos, dos seus incômodos.
A complexidade da relação interpessoal vem dos primórdios, desde um tempo chamado “ante civilizado”, onde existiam os fortes e os fracos, os que mandavam e os que obedeciam.
Hoje, em plena civilização, mudou alguma coisa? O comportamento humano sofreu alguma alteração ao longo desse tempo? Nada ou quase nada.
As pessoas carregam no trem da vida os mafuás acumulados ao longo de todo o seu trajeto, vão repassando suas cargas às outras pessoas e essas às outras e assim prossegue a puxar comboios abarrotados de angústias, ódios, sofrimentos, doenças, mau humor, desavenças entre outras tantas tralhas da vida.
A convivência entre pessoas, por menor que seja o tempo, sugere acertos e erros, mas concebem-se ganhos imensuráveis. Aprendemos a cada minuto de convivência, só não tira ganhos do relacionamento quem não quer ou não se esforça para isso.
Viver um relacionamento, seja entre marido e mulher, entre pais e filhos, entre irmãos, entre amigos, entre colegas, sugere aceitação de regras, abdicação do individualismo e imensa doação de paciência. Não há lugar para o egoísmo, o auto centrismo, a quem vive uma relação interpessoal.
Os conflitos existenciais persistirão, cabe a cada um redirecioná-los e domá-los.
Uma relação pode durar um instante ou uma vida inteira, seja qual for o seu tempo há perdas e ganhos, a grande dificuldade é saber canalizar o aproveitável e descartar o dispensável. Não é o tempo que determina se uma relação deu certa ou não, mas a qualidade na escolha desse aproveitável e no descarte do dispensável, por cada indivíduo dessa relação.
Que não se busque atirar pedras, quando se pode e deve enviar flores. O perfume das flores deixado em nossas mãos é bem mais suportável do que os arranhões dessas pedras.
Rio, 19/05/2014
Feitosa dos Santos